O ataque das forças da chamada «coligação internacional» provocou a morte a vários civis, incluindo mulheres e crianças, na aldeia de al-Baghuz, considerada o último bastião do Daesh no país árabe.
Fontes locais disseram à SANA que a aviação liderada pelos Estados Unidos utilizou bombas de fósforo branco no ataque, tal como o fizera no sábado contra as quintas de al-Baghuz, zonas agrícolas localizadas junto ao rio Eufrates, já perto da fronteira com o Iraque, no extremo Sudeste da província de Deir ez-Zor.
Com o argumento de combater o Daesh, a coligação referida opera em território sírio desde Setembro de 2014, sem autorização do governo sírio e sem um mandato das Nações Unidas.
Face às acusações reiteradas por Moscovo e Damasco de que usa fósforo branco nas suas acções bélicas na Síria, a coligação tem negado repetidamente essa utilização, com o Pentágono a sustentar que as munições usadas pelos EUA em território sírio cumprem as normas internacionais.
Zakharova: «Washington insiste em negar os factos»
No dia 8 de Setembro de 2018, caças F-15 da Força Aérea norte-americana atacaram com fósforo branco a cidade síria de Hajin, na província de Deir ez-Zor – uma acção documentada pelo Ministério russo da Defesa.
A mesma cidade, localizada cerca de 110 quilómetros a sudeste da capital da província, foi atacada novamente com estas bombas, proibidas internacionalmente, a 13 de Outubro pela aviação da «coligação internacional», tal como foi noticiado pela SANA, e voltaria a sê-lo no mês seguinte.
Os ataques sucessivos dos EUA na província de Deir ez-Zor, com elevado saldo de mortos entre a população civil, e a utilização de bombas de fósforo branco levaram a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, a expressar a preocupação russa com «as acções dos Estados Unidos da América na Síria», no passado mês de Novembro.
Zakharova denunciou então que, apesar de esses ataques com bombas de fósforo branco estarem confirmados, «Washington insiste em negar os factos».
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