|Síria

Novas denúncias sobre uso de fósforo branco pelos EUA no Leste da Síria

A agência SANA afirma que a aviação da chamada «coligação internacional» usou bombas de fósforo branco, proibidas internacionalmente, num ataque à localidade de Hajin, na província de Deir ez-Zor.

Ataque com bombas de fósforo branco, levado a cabo pela aliança militar liderada pelos EUA, nas imediações de Raqqa, em Junho de 2017
Créditos / PressTV

As forças da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, que operam ilegalmente na Síria, com o argumento de combaterem o Daesh (Estado Islâmico), realizaram este sábado ataques aéreos sobre a pequena localidade de Hajin, no Sudeste da província de Deir ez-Zor.

Fontes locais disseram à SANA que nos bombardeamentos foram usadas munições com fósforo branco, banidas internacionalmente, e que não havia registo de vítimas.

A agência estatal síria indica que circulam nas redes sociais fotos deste ataque da «coligação» a Hajin e lembra que não é a primeira vez que a localidade é alvo de uma agressão com bombas incendiárias de fósforo branco, tendo a outra – documentada pelo Ministério russo da Defesa – sido perpetrada por caças F-15 da Força Aérea norte-americana a 8 de Setembro último.

Moscovo exige investigação

Pela voz de diversos representantes, Moscovo já anunciou que vai exigir uma investigação internacional sobre os bombardeamentos com fósforo branco, levados a cabo pelos norte-americanos, em várias partes da província de Deir ez-Zor.

O vice-presidente da Comissão de Defesa da Duma, Yuri Shvitkin, disse ontem à Sputnik que a Rússia vai avançar com um pedido de investigação oficial junto da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e vai denunciar a situação no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Aliança «ilegítima»

Ao intervir na 73.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 29 de Setembro, o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid al-Muallem acusou a coligação liderada pelos EUA de, desde que iniciou a campanha de bombardeamentos na Síria, ter feito tudo o que podia menos combater o terrorismo.

Muallem classificou a aliança militar como «ilegítima» e criticou as «políticas hegemónicas» de alguns países relativamente ao governo de Damasco.

Com o argumento de combater o Daesh, a coligação referida opera em território sírio desde Setembro de 2014, sem autorização do governo sírio e sem um mandato das Nações Unidas.

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