«Este poço marca o início de um novo capítulo para a região Norte do Subandino, oferecendo a esperança de manter o nosso país como um importante exportador de gás, promovendo uma segunda era de produção de hidrocarbonetos e colocando La Paz como um novo departamento produtor de hidrocarbonetos», destacou o presidente boliviano na sua conta de Twitter (X).
Luis Arce lembrou que «há anos se gastaram 500 milhões de dólares a explorar o Norte de La Paz e não se encontrou nada», enquanto agora, com um investimento dez vezes inferior, «no nosso governo descobrimos um megacampo, o terceiro maior campo de produção do país».
O chefe de Estado precisou que se trata do Campo Mayaya Centro X1, cuja perfuração começou a 25 de Novembro de 2022, no âmbito do Plano de Reactivação do Upstream executado pela empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
Uma «mega-decoberta»
O presidente da YPFB, Armin Dorgathen, disse à imprensa que, com o poço Mayaya Centro X1, foi feita uma «mega-descoberta de uma bacia no Subandino Norte que marcará uma nova era na produção de hidrocarbonetos na Bolívia», indica a Agencia Boliviana de Información (ABI).
«Haverá uma "produção imediata" de líquidos e de gás em três anos», acrescentou Dorgathen numa conferência de imprensa em Santa Cruz.
Sobre esta nova bacia, que abrange o Norte do departamento de La Paz e parte dos de Beni e de Pando, o presidente da YPFB frisou que se trata de uma das descobertas mais importantes no país andino nos últimos cem anos, apenas comparável ao poço Bermejo-2, o primeiro poço petrolífero da Bolívia, descoberto em 1924 pela norte-americana Standard Oil Company e que continua a funcionar.
Armin Dorgathen explicou que a descoberta foi realizada pelo poço de exploração de Mayaya Centro X1 e que só na estrutura de Mayaya existe um potencial de 1,7 trilhões de pés cúbicos (TCF, na sigla em inglês).
Disse ainda que na zona há «cerca de cinco estruturas» semelhantes à de Mayaya, pelo que, no total, «estamos a falar de um potencial de 7 TCF apenas nesta área próxima a Mayaya».
A partir de agora, a empresa estatal irá perfurar mais três poços de delimitação, de modo a definir a dimensão da estrutura e visualizar todo o seu contexto, e, então, proceder ao seu desenvolvimento, indica a fonte.
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