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Comissão Europeia questionada sobre Melilha

A deputada do PCP no Parlamento Europeu enviou uma pergunta à entidade liderada por Von der Leyen sobre o massacre na fronteira de Marrocos e o enclave espanhol de Melilha, na última sexta-feira. 

CréditosDR / DR

No dia 24 de Junho, e tal como o AbrilAbril divulgou, cerca de duas mil pessoas tentaram saltar a cerca que rodeia o enclave espanhol de Melilha no meio do território de Marrocos. Mais de 500 conseguiram passar a barreira e atiraram-se para uma vala dentro de Espanha que dificulta o acesso à cidade espanhola. Segundo a Guarda Civil, cerca de 130 pessoas conseguiram chegar à cidade, tendo as restantes sido contidas pelas forças de segurança espanholas e marroquinas.

Segundo testemunhos, as vítimas foram violentamente agredidas, esmagadas e sufocadas depois de terem ficado presas numa fenda, onde se formou um grande bloqueio humano. Durante horas, dezenas de pessoas agonizaram, feridas, sem terem recebido qualquer auxílio das autoridades. Pelo menos 37 das pessoas que procuravam uma vida melhor morreram naquele local e, volvido este tempo, continuam por investigar as acções das autoridades marroquinas e espanholas. 

Sandra Pereira, que subscreve a pergunta dirigida à Comissão Europeia, defende que o trágico acontecimento da passada sexta-feira «não se pode desligar» da política migratória da União Europeia (UE). E também da «UE-fortaleza», que celebra acordos com países terceiros (como Marrocos, Turquia e Líbia) para a retenção e expulsão de migrantes e refugiados, e militariza a política de migração, «com o respaldo na Cimeira da NATO, em Madrid, que, por iniciativa de Espanha, aponta o reforço da presença e vigilância deste bloco político-militar no Mediterrâneo, à semelhança do que já havia sucedido no Mar Egeu em 2016».

A eleita pretende apurar que avaliação faz a Comissão Europeia desta situação. Por outro lado, e tratando-se de uma situação que requer medidas de carácter urgente, «que acções e instrumentos da UE poderão ser mobilizados para socorrer, acolher e integrar estas pessoas». 

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