O prémio foi atribuído «pelos seus esforços resolutos para terminar com a guerra civil que dura há mais de 50 anos» na Colômbia. A porta-voz do Comité Nobel da Paz, Kaci Kullmann, afirmou que o prémio «é um reconhecimento pelo duro trabalho e pela importante iniciativa do presidente Santos», de avançar para o diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP).
Apesar de o acordo ter sido alcançado em negociações entre o governo colombiano e as FARC-EP, que tiveram lugar ao longo de quatro anos em Cuba, a responsável do Comité Nobel da Paz optou por atribuir a distinção apenas a Santos, sem que tenha sido feita qualquer referência aos outros protagonistas do processo de paz na Colômbia.
Recorde-se que, em situações anteriores, foram laureados por processos de paz responsáveis de ambas as partes envolvidas nos conflitos. Em 1994 o prémio foi atribuído a Yasser Arafat, Yitzhak Rabin e Shimon Peres, pelos acordos de Oslo (que criaram a Autoridade Palestiniana). No ano anterior os laureados foram Nelson Mandela, líder histórico da resistência ao apartheid, e o último presidente do regime racista, F. W. de Klerk.
O prémio Nobel da Paz tem vindo a perder prestígio, com a atribuição a personalidades, como Barack Obama, e instituições, como a União Europeia, com responsabilidades nos principais conflitos mundiais.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui