Em conferência de imprensa, os organizadores do protesto informaram que as vias de comunicação no departamento de Totonicapán serão cortadas esta quarta-feira, como «protesto pacífico» contra as «acções e resoluções» empreendidas pelos poderes executivo e legislativo contra o povo da Guatemala.
Serão erguidas barreiras em cinco estradas importantes, a partir das seis da manhã, revelaram os organizadores, cujas exigências incluem «o fim das arbitrariedades do Congresso», na sequência da aprovação do Orçamento do Estado para 2021, que esteve na origem de uma série de manifestações e outras acções de protesto, no país centro-americano, desde o passado dia 21 de Novembro.
Num comunicado conjunto, as autoridades dos 48 cantões do departamento de Totonicapán apelam à mobilização de todos os dirigentes comunitários e habitantes da região, sublinhando que «os deputados não legislam para as classes necessitadas e para o povo da Guatemala, mas a favor da impunidade e da corrupção», indica a TeleSur.
«Todos fomos testemunhas dos últimos acontecimentos ocorridos nas manifestações, do repúdio pela forma como este governo não responde ao bem comum», afirma o documento, que chama a atenção para a brutal repressão policial exercida sobre os cidadãos que reivindicavam os seus direitos.
Afirmaram que o povo da Guatemala «está cansado» da «cumplicidade» entre os poderes legislativo, executivo e judicial, que «favorece a impunidade e a corrupção», e, neste sentido, exortaram a procuradora-geral do Ministério Público, Consuelo Porras, a apresentar os resultados da investigação sobre as acções de altos funcionários do Ministério do Interior e da Polícia Nacional Civil, referentes aos factos perpetrados na Praça da Constituição, na Cidade da Guatemala, no dia 21 de Novembro.
Os organizadores pediram «a todo o povo de Totonicapán, de áreas urbanas e rurais, que apoie esta luta», também mantendo encerradas as suas lojas.
Desde 21 de Novembro, a Praça da Constituição, na capital do país, é palco de acções de protesto, todos os sábados, para exigir a demissão do presidente da República, Alejandro Giammattei, e do seu governo.
Na semana passada, registaram-se também cortes de estrada no município indígena de Sololá, no departamento homónimo, com exigências semelhantes às de hoje e a ameaça de mobilizar as comunidades indígenas até à capital.
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