|País Basco

Durango: sete meses de greve e uma vitória

Os trabalhadores do polidesportivo de Landako, em Durango (Biscaia), vão regressar ao trabalho no dia 1 de Outubro, depois de terem aceitado, em plenário, uma proposta que lhes garante as condições.

Na faixa, lê-se: «Serviço desportivo de Durango em greve! Não à precarização!» 
Créditos / ELA

Ao aceitarem a mais recente proposta apresentada pelo município biscainho de Durango, os funcionários dos serviços desportivos regressam ao trabalho, sete meses depois de terem entrado em greve.

Em nota, o sindicato ELA destacou o facto «de se ter conseguido garantir sempre o serviço de apoio de monitores da sala fitness, bem como reforçar o pessoal para as horas de maior afluência, e aumentar o número de horas das aulas, entre outras melhorias».

Além disso, refere o sindicato, «será constituída uma comissão de supervisão e garantia do serviço», na qual todas as partes envolvidas farão avaliações necessárias.

O quadro de pessoal no polidesportivo de Durango é integrado por duas dezenas de pessoas, que entraram em greve por tempo indeterminado depois de terem tido conhecimento «de uma nova licitação dos serviços» que a Durango Kirolak se preparava para realizar e que «agravava as suas condições laborais».

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No País Basco, trabalhadores do Polidesportivo Usabal não desistem

Os trabalhadores do espaço desportivo no município guipuscoano de Tolosa começaram uma greve há mais de quatro meses. Lutam pela renovação do acordo e a dignificação das condições laborais.

Trabalhadores do Polidesportivo Usabal Kiroldegia, em Tolosa, em greve, junto a uma faixa em que se lê «Garantir os postos e as condições de trabalho» 
Créditos / ELA

Apesar dos 135 dias de paralisação, «as negociações não avançaram», afirma o sindicato ELA. «Pelo contrário: a empresa que tem a seu cargo a gestão, BPXport, propõe retrocessos», acusa, lembrando que o acordo de empresa não é renovado há três anos.

Segundo revela a estrutura sindical, os 31 trabalhadores do Usabal Kiroldegia, na antiga capital guipuscoana, estão sem acordo desde 2020. «Devido à mudança de empresa, as negociações atrasaram-se até 13 de Janeiro de 2023», informa, sublinhando que a atitude da nova responsável pela gestão, BPXport, «não foi boa», desde o início.

A proposta que apresentou a 17 de Abril «não respeitava as reivindicações mínimas dos trabalhadores», denuncia no seu portal.

Durante este processo negocial, houve eleições municipais e o executivo que governava a Câmara Municipal de Tolosa (PNV-PSE, aliança da direita com a sucursal basca do PSOE) deixou de o fazer.

Agora que a Câmara é governada pela coligação EH Bildu (progressista e independentista), o novo executivo procurou desbloquear a situação, mantendo reuniões com a empresa, que, denuncia o ELA, continua inflexível, «prejudicando os cidadãos e os trabalhadores».

Segundo refere o sindicato, a negociação está bloqueada em três pontos importantes: a recuperação do poder de compra, a preparação de aulas e categorias.

Na última reunião, a 1 de Setembro, a empresa propôs que os trabalhadores aceitassem o acordo provincial, o que significaria andar para trás: «por exemplo, até 31 de Dezembro de 2027 não haveria qualquer aumento salarial», explica.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores, que se têm mostrado abertos à negociação, não deixarão de lutar pelo acordo e pela melhoria das suas condições de trabalho.

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«Pretendiam reduzir as horas de trabalho, não garantiam a sub-rogação a todos os trabalhadores, deixavam a gestão dos serviços nas mãos de três empresas diferentes e a qualidade do serviço era prejudicada», explica a organização sindical.

Ao longo dos sete meses, tiveram lugar diversas reuniões, «com retrocessos e avanços», até que a última proposta da Câmara Municipal passou a incluir «muitas das reivindicações dos trabalhadores».

Além das referidas, o ELA aponta ainda a garantia da manutenção preventiva das máquinas, o aumento do número de horas de aulas e um número adequado de alunos para cada uma delas.

Os trabalhadores agradeceram «a solidariedade» que receberam da população, tendo sublinhado «a importância da greve e da caixa de resistência», refere o portal durangon.com.

Agora, a organização sindical espera que a administração durangarra «não tente precarizar novamente o serviço de desporto» no município, confiando que cumpra o compromisso político de «ampliar e melhorar o serviço actual e futuro».

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