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Em Astana, China defendeu unidade, cooperação e desenvolvimento

Ao intervir esta quinta-feira na Cimeira da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), Xi Jinping vincou a importância da unidade, cooperação e respeito mútuo, bem como a oposição à ingerência externa.

24.ª Reunião do Conselho de Chefes de Estado da OCX a decorrer no Palácio da Independência, em Astana, Cazaquistão, a 4 de Julho de 2024 CréditosXie Huanchi / Xinhua

Ao discursar na capital cazaque, o presidente chinês enalteceu os esforços e contributos significativos do Cazaquistão para melhorar o mecanismo operacional da OCX e aprofundar a cooperação em diversas áreas durante a sua presidência rotativa, refere a Xinhua.

Além disso, fez questão de dar as boas-vindas à Bielorrússia, que participou numa cimeira da OCX como membro de pleno direito pela primeira vez. Trata-se do décimo Estado-membro desde a criação do organismo multilateral, há 23 anos.

Para Xi, a chave fundamental para que os países-membros da Organização para a Cooperação de Xangai resistam «ao teste do cenário internacional em mudança» reside no facto de permanecerem apegados à «tradição de solidariedade e coordenação», a um «caminho de cooperação com igualdade e mútuo benefício», bem como à «busca de valores sobre equidade e justiça e um espírito aberto de inclusão e aprendizagem».

Xi pediu aos estados-membros do bloco que permaneçam fiéis à aspiração original e que continuem a defender o «Espírito de Xangai», a apoiar-se mutuamente e a garantir a direcção de desenvolvimento da OCX.

O chefe de Estado chinês, indica a fonte, defendeu que os países da OCX se devem opor de forma conjunta à interferência externa e, perante os desafios actuais, se devem apoiar firmemente uns aos outros, respeitar as preocupações de segurança uns dos outros, lidar com as diferenças internas com um espírito de harmonia e resolver as dificuldades de cooperação procurando um terreno comum.

Defesa do desenvolvimento, da segurança e da paz

«Os membros fundadores da OCX tomaram a decisão histórica de procurar o desenvolvimento pacífico, de se comprometer com a boa vizinhança e a amizade, e construir um novo tipo de relações internacionais», disse Xi.

Participantes na Cimeira da OCX em Astana, a 4 de Julho de 2024 // Ju Peng / Xinhua

A OCX «está do lado certo da história» e assume «grande importância para o mundo», defendeu Xi, tendo ainda pedido aos países que integram o bloco para garantirem «o direito ao desenvolvimento, tendo em conta os riscos reais de "pequenos quintais com cercas altas"».

Outros líderes presentes na 24.ª Reunião do Conselho de Chefes de Estado da OCX destacaram o papel positivo e construtivo da organização para a defesa da paz e segurança regional, mostrando-se disponíveis para reforçar ainda mais a cooperação em áreas como comércio, transportes, energia, finanças, agricultura, economia digital e inovação tecnológica, refere a Xinhua.

Num contexto de grandes mudanças no panorama político e económico mundial, e nas relações internacionais, os chefes de Estado defenderam que as Nações Unidas devem desempenhar um «papel central de coordenação na promoção da construção de um sistema mundial multipolar mais representativo, democrático e equitativo», bem como na «promoção de uma globalização económica que seja mutuamente benéfica e inclusiva».

Outros aspectos vincados na reunião foram o respeito pelas legítimas preocupações de segurança de cada país, a defesa da resolução das disputas por vias pacíficas e a oposição às sanções unilaterais e à ingerência nos assuntos internos de outros países.

Os líderes da OCX – que assinaram uma série de documentos, incluindo a Declaração de Astana e uma iniciativa de apelo à solidariedade entre os países para promover a justiça, a harmonia e o desenvolvimento mundiais – concordaram em melhorar o mecanismo do bloco para lidar com as ameaças e desafios à segurança, e combater de forma resoluta as «três forças» (terrorismo, separatismo e extremismo), bem como o tráfico de droga e o crime organizado transnacional.

Decidiram ainda apoiar os esforços da chamada comunidade internacional para a paz e o desenvolvimento no Afeganistão, bem como apoiar uma «solução abrangente e justa» para a chamada questão palestiniana, tendo por base a solução de dois estados.

Dez estados-membros, dois observadores, 14 parceiros de diálogo

Com a integração da Bielorrússia, a Organização para a Cooperação de Xangai passa a incluir dez países de pleno direito. Além do referido, Cazaquistão, China, Índia, Irão, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.

Afeganistão e Mongólia detêm o estatuto de países observadores, havendo ainda outros 14 que são parceiros de diálogo: Arábia Saudita, Arménia, Azerbaijão, Bahrein, Camboja, Catar e Egipto; Emirados Árabes Unidos, Koweit, Maldivas, Myanmar, Nepal, Sri Lanka e Turquia.

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