As forças de ocupação israelitas invadiram várias localidades da província de Jenin, no Norte da Cisjordânia, de onde são oriundos os seis milicianos palestinianos que escaparam da prisão de alta segurança israelita de Gilboa.
No âmbito de uma grande operação de caça ao homem, as forças sionistas entraram em dezenas de casas, interrogaram os seus proprietários e prenderam alguns dos familiares dos presos que na segunda-feira escaparam do cárcere israelita.
A imprensa palestiniana noticiou convocatórias de mobilizações em diversas cidades da Margem Ocidental ocupada, como Ramallah, Belém, al-Khalil (Hebron) ou Nablus, e na Faixa de Gaza cercada para expressar o apoio aos prisioneiros foragidos, cinco dos quais pertencem à organização Jihad Islâmica; o sexto é um ex-comandante das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa.
Na sequência da fuga, como vingança, os serviços prisionais israelitas começaram a aplicar castigos colectivos aos presos palestinianos nas cadeias, que passaram por colocá-los na «solitária», impedi-los de ir ao pátio ou de verem as famílias ou por transferências para outras cadeias, entre outras medidas punitivas.
Em reacção a estas medidas repressivas, os prisioneiros palestinianos incendiaram sete celas na secção 6 da prisão de al-Naqab, esta quarta-feira. De acordo com o Palestinian Information Center, os serviços prisionais levaram todos os reclusos dessa secção para parte desconhecida. Também se dirigiram à cadeia de Rimon.
Por seu lado, o canal libanês Al Mayadeen informou que as forças israelitas atacaram os prisioneiros palestinianos na cadeia de Majdo.
Alertas e apelos de várias partes
A Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos afirmou que o ataque de Israel sobre os reclusos palestinianos e a detenção de familiares dos prisioneiros visam «encobrir o falhanço e a derrota contra a vontade firme dos presos palestinianos», tendo instado a comunidade internacional a pôr fim à «loucura de Israel».
Em simultâneo, refere a PressTV, alertou que a repressão irá «incendiar todas as arenas dentro e fora das cadeias». No mesmo sentido se pronunciou a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos (SPP), alertando para um cenário iminente de confronto aberto nas cadeias e instando a Cruz Vermelha e as organizações de defesa dos direitos humanos a proteger os detidos palestinianos.
A Autoridade Nacional Palestiniana também alertou para as consequências das medidas aplicadas por Israel. «A mentalidade racista da ocupação colonial que ataca os prisioneiros é a mesma que se aplica em cidades, aldeias e acampamentos de refugiados», denunciou o governo.
Em comunicados separados, indica a Prensa Latina, Jihad Islâmica, Fatah, Movimento de Resistência Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina pronunciaram-se contra as medidas de Telavive e apelaram à população para proteger os foragidos.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui