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EUA e Reino Unido levam a cabo agressão contra o Iémen

Forças britânicas e dos EUA atacaram vários pontos do país árabe em resposta às acções solidárias com a Palestina do movimento Huti Ansarullah no Mar Vermelho, impedindo a passagem de navios para Israel.

Um avião Typhoon da Royal Air Force (RAF) britânica levanta voo da base aérea de Akrotiri, no Chipre, para participar nos ataques contra o Iémen, a 12 de Janeiro de 2024 
Créditos / PressTV

Abdulsaham Jahaf, membro do Comité de Defesa e Segurança Huti, disse à imprensa que forças norte-americanas, do Reino Unido e de Israel lançaram ataques, esta sexta-feira, contra as províncias de Hudaydah, Saná, Dhamar e Sa’ada.

A agência iemenita Saba afirmou tratar-se de uma agressão britânica, norte-americana e israelita, com múltiplos ataques aéreos contra a cidade de Saná, capital do país, e vários pontos nas províncias de Hudaydah, Dhamar e Sa’ada.

Meios de imprensa norte-americanos também deram conta da agressão aérea ocidental ao país árabe, com o Pentágono a anunciar que tinha atacado 12 locais no Iémen, com recurso a aviação de guerra, submarinos e mísseis de cruzeiro.

Por seu lado, o canal pan-árabe Al Mayadeen refere-se às declarações de um funcionário do Departamento da Defesa dos EUA, de acordo com as quais os ataques, perpetrados por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido, contaram com o apoio logístico e de inteligência de Austrália, Países Baixos, Canadá e Bahrain.

Movimento Huti reafirma solidariedade com a Palestina

Recentemente, o movimento Huti Ansarullah e as Forças Armadas do Iémen levaram a cabo uma série de ataques, com drones e mísseis, contra navios ligados a Israel ou com destino a portos nos territórios ocupados em 1948.

Estas acções foram realizadas em solidariedade com o povo palestiniano, sobretudo na Faixa de Gaza cercada e invadida, que desde o início de Outubro é alvo de bombardeamentos indiscriminados por parte das forças de ocupação israelita.

Dados preliminares – em que não entram os mortos e feridos nos ataques israelitas das últimas horas – apontam para 23 469 mortos, cerca de 60 mil feridos e 8000 desaparecidos na mais recente agressão israelita contra Gaza.

Citado pela Al Mayadeen, Mohammed Abdul Salam, representante do movimento de resistência Huti Ansarullah, declarou o compromisso de não deixar passar no Mar Vermelho navios com destino a Israel.

Abdul Salam, que condenou a agressão militar contra o território iemenita, disse não haver «qualquer justificação para esta agressão contra o Iémen, uma vez que não foi ameaçada a navegação internacional no Mar Vermelho e no Mar Arábico, e apenas foram visados – e continuarão a sê-lo – navios israelitas e aqueles que se dirijam para portos na Palestina ocupada».

Por seu lado, Mohammad Ali al-Houthi, membro do Supremo Conselho Político, enquadrou esta agressão no contexto regional, afirmando que «estes ataques aéreos confirmam que são eles [os norte-americanos] que comandam a agressão contra Gaza».

«O que a América [EUA] e o Reino Unido fizeram é uma agressão selvagem e injustificável, num momento em que o mundo está a tentar parar o genocídio em Gaza», denunciou.

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