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EUA prosseguem reforço militar no Golfo Pérsico

Depois do envio da frota liderada pelo porta-aviões USS Abraham Lincoln, os EUA continuam a mobilizar mais forças para o Golfo Pérsico. Irão frisa que não se deixará intimidar perante ameaças.

O porta-aviões USS Harry S. Truman e os navios atribuídos ao seu grupo de ataque durante um exercício de treino. Oceano Atlântico, a 16 de Fevereiro de 2018.
CréditosScott Swofford / US Navy

A administração de Donald Trump continua a reforçar os seus contigentes armados junto às fronteiras do Irão, sobretudo no Golfo Pérsico, tendo anunciado o envio adicional de marines e sistemas anti-aéreos Patriot para reforçar a frota encabeçada pelo porta-aviões USS Abraham Lincoln.

De acordo com a RT, o cada vez maior reforço militar na região, ao qual já se acrescenta o envio de um grupo de bombardeiros B-52, exacerbou as tensões e colocou em cima da mesa a possibilidade de um conflito. Vários países do Médio Oriente, como o Iraque, já disseram que não vêem com bons olhos o uso de bases militares em seu território para atacar o Irão.

Por sua vez, o Ministro iraniano das Assuntos Externos, Mohammad Javad Zarif, afirmou em entrevista à ABC que «as ameaças contra o Irão nunca funcionam», pelo menos com os resultados esperados, e propôs à administração norte-americana que, em vez, «tente o respeito. Isso sim pode funcionar».

O ministro frisou também que a presença militar dos EUA no Golfo Pérsico, a que se acrescentam as bases militares que cercam completamente este país do Médio Oriente, não é vista com bons olhos. «Por algum motivo se chama Golfo Pérsico, está junto a nós», acrescentou, frisando que o Irão tem «o direito a se defender» de qualquer eventual ataque.

Nas últimas semanas de Maio, os EUA deram início ao que dizem ser uma campanha de «pressão máxima», sob o pretexto da ameaça de um ataque iraniano contra os seus interesses no Médio Oriente. Por sua vez, o Irão, pela voz do aiatola Ali Khamenei, realça que «não procuramos uma guerra», mas tão pouco admite ceder perante pressões militares e econónicas.

Recorde-se que, há cerca de um ano, Donald Trump retirou unilateralmente os EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irão, deixando em choque outros signatários, como a Rússia, a China e a União Europeia. O acordo estipulava que Teerão restringiria a sua capacidade de enriquecimento de urânio e em troca seriam levantas as sanções económicas.

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