«Unidades da 25.ª divisão de tropas especiais, comandada pelo general Suheil Al-Ahasan, atacaram e conquistaram a localidade de Mesherifah, no Sudeste de Idlib», anunciou ontem a rádio nacional Sham FM, citada pela Prensa Latina.
Por seu lado, o correspondente da agência Sputnik no local informou, também esta quarta-feira, que «as unidades do Exército sírio avançaram em regiões controladas pelo grupo terrorista designado Soldados do Cáucaso», tendo conseguido recuperar o controlo da localidade referida, cerca de 360 km a norte de Damasco.
Este avanço segue-se ao intenso bombardeamento de artilharia, com apoio da aviação russa, contra posições do grupo Soldados do Cáucaso – que, segundo a Sputnik, é integrado sobretudo por chechenos e é afim ao grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham, antes conhecido como Frente al-Nusra. A mesma fonte indica que os terroristas usavam a localidade como plataforma para lançar ataques contra alvos do Exército sírio.
O avanço é significativo, uma vez que os militares sírios cimentam as suas posições a norte da localidade de Umm Khalakhil, já perto do estratégico município de Ma'arat an-Numan, na autoestrada M5, entre Hama e Alepo. Ocorre poucos dias depois de o Exército sírio ter lançado uma ofensiva na região, no âmbito da qual, informa a Prensa Latina, recuperou aos terroristas outras duas localidades.
O «dever» do Estado sírio e a hipocrisia do Ocidente
Numa sessão recente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) dedicada ao Médio Oriente, o embaixador da Síria na ONU, Bashar al-Ja'afari, reafirmou que existem governos – alguns dos quais representados na sala em que estava a falar – que «promovem e patrocinam o extremismo violento e os grupos separatistas na Síria» e que «se recusam a levar os seus terroristas» do país árabe.
Sobre a situação em Idlib, onde as tropas do Exército Árabe Sírio têm alcançado avanços nos últimos dias, o diplomata destacou que a província continua a ser controlada por organizações terroristas, que usam civis como escudos humanos, e reafirmou que é um «dever do Estado sírio libertar-se dessas organizações».
Recorde-se que as forças militares sírias e os seus aliados lançaram em Agosto deste ano uma poderosa ofensiva para assumir o controlo total do reduto terrorista. Uma das batalhas-chave para o devir de Idlib ocorreu na província limítrofe de Hama, com a libertação da cidade estratégica Khan Sheikhoun e o controlo de uma parte da M5.
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