O Ministério venezuelano da Defesa precisou, num comunicado hoje emitido, que os envolvidos no furto estão presos e a ser alvo de um processo de investigação por parte dos organismos de inteligência do país sul-americano, e que o armamento foi recuperado.
No documento, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) expressou a «rejeição categórica deste tipo de actos», que, sublinha, «com toda a segurança são motivados por interesses obscuros da extrema-direita e são contrários às normas elementares da disciplina militar, à honra e às tradições da nossa instituição».
A FANB revela ainda que todas as suas unidades operacionais se encontram a funcionar «em total e absoluta normalidade», e reafirma a «adesão irrestrita» da instituição militar «à Constituição e às leis da República».
Por seu lado, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, pronunciou-se sobre os factos através do Twitter, tendo escrito que os membros do Comando da Zona número 43 da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que levaram a cabo o assalto no bairro de Petare (no município de Sucre) estão «a confessar detalhes» relevantes para a investigação.
Sobre os primeiros depoimentos do grupo, Cabello comentou que os autores intelectuais da manobra prometeram «mundos e fundos» aos assaltantes, mas acabaram por «deixá-los sozinhos, enganaram-nos».
Cabello destacou ainda a rapidez da resposta dos efectivos da FANB, referindo que o grupo de assaltantes «foi neutralizado, se rendeu e foi capturado em tempo recorde». «Sempre alerta, desde a madrugada, uma vez detectada a acção do grupo […], demos início ao contra-ataque para neutralizar as acções dos traidores à Pátria», escreveu na rede social o presidente da ANC.
«Manobra violenta» frustrada
As autoridades venezuelanas informaram que, na madrugada desta segunda-feira, um grupo de assaltantes, membros do Comando da Zona 43 da GNB, roubou duas viaturas militares para entrar na sede do destacamento de Segurança Urbana no município de Sucre, onde roubaram um lote de armas de guerra e sequestraram, sob ameaça de morte, dois oficiais e dois guardas nacionais, indica a AVN.
O grupo acabaria por se render e ser detido, ainda de madrugada, na sede da Unidade Especial de Segurança Waraira Repano, localizada em Cotiza, no município Libertador (Caracas), e o armamento roubado foi recuperado.
Diosdado Cabello referiu-se à acção como uma «tentativa, sem êxito, de atentar contra a paz através de manobras violentas que visam criar intranquilidade no povo venezuelano».
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