Em declarações à Al Mayadeen, no domingo à noite, Mahmoud Basal, porta-voz da Protecção Civil no enclave costeiro, disse que as forças de ocupação atingiram um centro da entidade no campo de refugiados de Nuseirat com um míssil disparado por um drone.
Basal afirmou que se tratou de um «massacre» deliberado, tendo sublinhado que a Protecção Civil no território enfrenta uma «situação de desastre» devido aos ataques sucessivos das forças israelitas às equipas e aos centros.
Destacando que tal forma de actuar constitui «um crime de guerra flagrante» e pedindo ao mundo que condene estes crimes israelitas, Basal frisou que os ataques estão a minar a capacidade de intervenção das equipas de resgate junto dos feridos em toda a Faixa de Gaza.
Em seu entender, a escalada israelita é uma consequência do «silêncio internacional», bem como da «falta de acção» das organizações responsáveis por salvaguardar o trabalho das equipas.
Com estas quatro vítimas, disse o responsável à Al Mayadeen, sobe para 94 o número de membros das equipas de Protecção Civil mortos na Faixa de Gaza desde o início da campanha de limpeza étnica levada a cabo por Israel, há 14 meses.
Mortos quando exerciam o «seu dever humanitário e nacional»
Em comunicado, o serviço de Protecção Civil no enclave palestiniano condenou o «crime hediondo» perpetrado pela ocupação israelita contra «as nossas equipas na província central, enquanto cumpriam o seu dever humanitário e nacional».
O organismo acusou o ocupante de «bombardear directamente as nossas equipas no centro do campo [de refugiados] de Nuseirat sem qualquer consideração humanitária ou legal».
Informou ainda que, além das quatro vítimas mortais – dois voluntários e dois directores de centros –, o ataque provocou também cinco feridos, três dos quais em estado grave.
Trata-se do segundo ataque contra a mesma infra-estrutura em Nuseirat, depois de outro bombardeamento em Junho último, que provocou três mortos.
Recentemente, o organismo alertou que está perto de paralisar todas as suas actividades no território, em resultado da agressão e do bloqueio sionistas.
Entretanto, as autoridades de saúde no enclave informaram esta segunda-feira que, desde 7 de Outubro do ano passado, 45 028 pessoas perderam ali a vida como resultado dos ataques israelitas e 106 962 ficaram feridas – na sua maioria, mulheres e crianças.
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