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Forças israelitas prenderam 378 palestinianos em Setembro

Entre os detidos no mês passado, incluem-se dez mulheres e 52 menores, revelaram 3 entidades de apoio aos presos. 500 palestinianos estão nas cadeias israelitas pelo que publicaram nas redes sociais.

As incursões das forças israelitas nos territórios ocupados da Palestina ocorrem a um ritmo quase diário (foto de arquivo)
Créditos / medium.com

Durante o mês de Setembro, 104 palestinianos foram detidos em Jerusalém; 73 em Hebron e 29 em Belém (Sul da Margem Ocidental ocupada); 56 em Ramallah e al-Bireh (região central); 30 em Nablus, 23 em Qalqilya e 13 em Tulkarem (Norte da Margem Ocidental ocupada); e 16 na Faixa de Gaza, informaram ontem, num comunicado conjunto, o Comité dos Assuntos dos Presos e ex-Presos, a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos e o grupo de defesa dos direitos dos presos Addameer.

As restantes detenções foram realizadas em várias localidades da Cisjordânia sob ocupação israelita, onde a população palestiniana é alvo das acções frequentes de acosso levadas a cabo pelos colonos.

No mesmo período, as autoridades israelitas emitiram 38 ordens de detenção administrativa, refere o documento, citado pela agência noticiosa turca Anadolu. Ao abrigo deste regime de detenção, Israel pode manter os palestinianos presos por períodos de seis meses renováveis indefinidamente, sem julgamento nem culpa formada.

As três entidades responsáveis pelo relatório estimam que o número de presos palestinianos nas cadeias israelitas ronde os 6000, 430 dos quais em regime de detenção administrativa.

Neste número incluem-se 52 mulheres e mais de 200 menores de 18 anos, sendo que, de acordo com a Ma'an, 50 têm menos de 16 anos.

«500 palestinianos presos por publicações nas redes sociais»

Entretanto, o Centro de Estudos dos Presos Palestinianos (CEPP) afirma que, neste momento, se encontram nas cadeias e centros de detenção israelitas cerca de 500 palestinianos presos pelo que publicaram nas redes sociais.

Riyadh al-Ashqar, representante do CEPP, disse à PressTV que a unidade de cibersegurança da Polícia israelita está a seguir de perto aquilo que os palestinianos publicam nas redes, sobretudo no Twitter e no Facebook, e classifica entradas que «glorifiquem os mártires palestinianos, mostrem os crimes israelitas e apoiem a resistência como incitamento ao terrorismo».

Centenas de palestinianos foram condenados nos últimos três anos a diferentes penas de prisão, tendo por base o «incitamento nas redes sociais», disse Ashqar. Muitos outros foram colocados em prisão domiciliária, com a proibição de acesso a plataformas mediáticas, acrescentou.

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