|Palestina

Fortes confrontos com forças de ocupação no Norte da Cisjordânia

Dezenas de palestinianos ficaram feridos em Nablus e Jenin, esta terça-feira, num clima de tensão elevada, depois de as forças israelitas terem morto a tiro três palestinianos na Cisjordânia e no Neguev.

Forças de ocupação israelitas na Margem Ocidental (imagem de arquivo) 
Créditos / WAFA

De acordo com fontes locais, grupos da resistência dispararam contra as forças israelitas em Nablus, ontem à noite, quando estas irromperam na zona leste da cidade para proteger centenas de colonos judeus que ocuparam o Túmulo de José.

Pouco depois, grupos de jovens palestinianos bloquearam estradas e lançaram pedras contra as tropas, que responderam com balas de aço revestidas de borracha, granadas atordoantes e bombas de gás lacrimogéneo.

Vários palestinianos ficaram feridos, ao serem atingidos pelos disparos ou sofrendo de asfixia, informa a PressTV. Além disso, também se registaram confrontos, disparos dos grupos de resistência e feridos entre jovens palestinianos na cidade de Jenin, segundo indica a Palinfo.

Três jovens palestinianos mortos pelas forças de ocupação num dia

Estes confrontos tiveram lugar num contexto de tensão elevada, depois de as forças israelitas terem morto a tiro três palestinianos – dois na Margem Ocidental ocupada e um no deserto de al-Naqab (Neguev).

Segundo referiu o Ministério palestiniano da Saúde, Nader Rayan, de 17 anos, foi morto com disparos na cabeça, no peito e numa mão, na sequência de uma incursão israelita ao campo de refugiados de Balata, em Nablus.

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Forças israelitas mataram oito palestinianos em duas semanas

Entre 22 de Fevereiro e 9 de Março, as forças israelitas mataram 8 palestinianos e prenderam 140, incluindo 20 menores, revelou o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.

Forças de ocupação palestinianas em al-Khalil (Hebron) 
CréditosMashhur Wehwah / WAFA

Na sexta-feira passada, veio a público o relatório quinzenal «Protecção de Civis», do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês), referente ao período de 22 de Fevereiro a 9 de Março, informa a agência WAFA.

De acordo com o documento, um palestiniano de 23 anos, que fora atingido a tiro no dia 2 de Março pelas forças israelitas na aldeia de Burqa, a norte de Nablus, veio a falecer uma semana mais tarde.

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Desde 2014 que não eram mortas tantas crianças palestinianas

Até 10 de Dezembro, 86 crianças foram mortas nos territórios ocupados da Palestina, fazendo de 2021 o ano mais mortífero para elas desde 2014, segundo os registos de uma organização não governamental.

Créditos / aawasat.com

As forças israelitas mataram 76 crianças palestinianas este ano – 61 na Faixa de Gaza cercada e 15 na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental. Civis israelitas armados mataram duas crianças palestinianas na Cisjordânia, revela o relatório agora publicado pela Defense for Children International – Palestine (DCIP).

A estas 78 crianças juntam-se sete que foram mortas por foguetes disparados incorrectamente por grupos armados palestinianos na Faixa de Gaza, e uma outra que foi morta por uma munição não detonada, cujas origens a ONG não conseguiu determinar.

«Nos termos do direito internacional, a força letal intencional só se justifica em circunstâncias em que esteja presente uma ameaça directa à vida ou de ferimentos graves. No entanto, investigações e provas recolhidas pelo DCIP sugerem que as forças israelitas utilizam regularmente força letal contra crianças palestinianas em circunstâncias que podem equivaler a execuções extrajudiciais ou intencionais», lê-se relatório, traduzido pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM.

Quadro detalhado sobre as crianças mortas nos territórios ocupados da Palestina de 1 de Janeiro a 10 de Dezembro de 2021 / DCIP

Durante os 11 dias do ataque militar israelita à Faixa de Gaza, em Maio de 2021, naquilo que ficou conhecido como Operação Guardião dos Muros, as forças israelitas mataram 60 crianças palestinianas, segundo os dados recolhidos pela DCIP.

«Aviões de guerra israelitas e drones armados bombardearam áreas civis densamente povoadas, matando crianças palestinianas que dormiam nas suas camas, brincavam nos seus bairros, faziam compras nas lojas perto das suas casas e celebravam o Eid al-Fitr [festa no fim do Ramadão] com as suas famílias», disse Ayed Abu Eqtaish, director do programa de responsabilização da DCIP.

«A falta de vontade política da comunidade internacional para responsabilizar os funcionários israelitas garante que os soldados israelitas continuarão a matar ilegalmente crianças palestinianas com impunidade», acrescentou.

A DCIP lembra que o direito humanitário internacional proíbe ataques indiscriminados e desproporcionados, e exige que todas as partes num conflito armado façam a distinção entre alvos militares, civis e objectos civis.

O pico mais recente de assassinatos de crianças ocorrera em 2018, quando forças israelitas e colonos mataram crianças palestinianas a um ritmo médio superior a uma por semana (57). A maioria dessas mortes ocorreu durante os protestos da Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza, refere o organismo.

Número de crianças palestinianas mortas anualmente, desde 2014, por forças israelitas e civis israelitas armados / DCIP

De acordo com os dados da DCIP, foram mortas 2196 crianças palestinianas, desde 2000, em resultado da presença de militares e de colonos israelitas nos territórios ocupados da Palestina.

A Defense for Children International – Palestine é uma das seis organizações de direitos humanos que Israel pretende silenciar, lembra o MPPM, sublinhando que a medida tem merecido a condenação generalizada a nível internacional e foi denunciada pelo MPPM a 29 de Outubro último.

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A 1 de Março, um palestiniano de 19 anos foi morto a tiro perto da localidade de Beit Fajjar (a sul de Belém); no mesmo dia, as forças de ocupação mataram outros dois palestinianos, no campo de refugiados de Jenin.

O relatório das Nações Unidas refere ainda que, no dia 6 deste mês, as forças israelitas mataram a tiro um rapaz de 15 anos na aldeia de Abu Dis, a leste de Jerusalém Oriental ocupada. Outros dois, com 19 e 22 anos, foram mortos na Cidade Velha de Jerusalém, depois de terem ferido três polícias israelitas, a 6 e 7 de Março.

Um rapaz de 13 anos foi morto perto da localidade de al-Khader (a sul de Belém), no 22 de Fevereiro, indica a mesma fonte.

140 feridos, 183 detidos, 62 desalojados em 15 dias

No mesmo período, 140 palestinianos, incluindo 20 menores, foram feridos pelas forças israelitas de ocupação na Margem Ocidental. De acordo com o relatório, quase metade dos casos de ferimentos (63) registaram-se em protestos contra os colonatos israelitas e em acções de solidariedade com famílias palestinianas que correm o risco de expulsão e despejo no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada.

A UNOCHA informou ainda que, entre 22 de Fevereiro e 9 de Março último, as forças israelitas levaram a cabo 82 operações de busca e captura e prenderam 183 palestinianos.

Além disso, as autoridades israelitas demoliram, confiscaram ou forçaram os proprietários a demolir 27 casas e estruturas que eram propriedade de palestinianos, tendo alegado que os edifícios tinham sido construídos sem as autorizações devidas – quase impossíveis de obter pelos palestinianos.

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Académicos latino-americanos denunciam apartheid israelita

Mais de 220 investigadores e docentes universitários de dezena e meia de países latino-americanos condenaram Israel como um Estado de apartheid e aderiram a uma declaração pelo fim da «cumplicidade».

Soldados israelitas prendem palestinianos durante os confrontos que se seguiram a uma manifestação contra a expansão dos colonatos ilegais em al-Khalil (Hebron), na Margem Ocidental ocupada, em Janeiro de 2022 
Créditos / Xinhua / PressTV

Os subscritores da «carta latino-americana de boicote a Israel» recusam-se a participar em qualquer tipo de intercâmbio ou cooperação académica com «qualquer instituição israelita cúmplice, o Estado de Israel ou aqueles que os representem oficialmente».

Também se comprometem a não receber «nenhum tipo de financiamento ou patrocínio de qualquer instituição israelita cúmplice ou do Estado de Israel», até que Israel «respeite os direitos políticos e humanos do povo palestiniano, estipulados pela ONU».

Até ao momento a declaração foi subscrita por mais de 220 académicos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

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Apartheid de Israel representa «décadas de opressão e dominação»

Uma ONG publicou um relatório que documenta o «sistema de opressão e dominação» imposto por Israel aos palestinianos. «Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional», sublinha.

A «Estrada do Apartheid», na Margem Ocidental ocupada, junto a Jerusalém
A «Estrada do Apartheid», na Margem Ocidental ocupada, junto a Jerusalém Créditos / MPPM

No seu portal, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) atribuiu esta terça-feira grande relevância ao extenso relatório publicado pela Amnistia Internacional, no qual confirma que «o regime de Israel contra todo o povo palestiniano configura o crime contra a humanidade de apartheid».

A acusação agora formulada – que é feita há décadas e tem sido sustentada em anos recentes por personalidades e organizações de defesa dos direitos humanos – foi apresentada numa publicação que culmina investigações levadas a cabo entre 2017 e 2021, e tem por base a recolha de provas de violações dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário na Palestina histórica, bem como em publicações de diversa índole.

De acordo com a investigação, «Israel impõe um sistema de opressão e dominação contra os palestinianos em todas as áreas sob seu controlo, em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, e contra os refugiados palestinianos, a fim de beneficiar os israelitas judeus. Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional».

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Arquitectura pós-apartheid: o checkpoint de Qalandiya como um parque

Uma estudante palestiniana de Arquitectura partiu do presente de opressão e injustiça e concebeu o futuro sem apartheid e ocupação israelitas, transformando uma conhecida estrutura de opressão num espaço público.

Imagem do projecto apresentado por Saja Barghouti à Universidade de Al-Quds 
Créditos / Imad Barghouthi / Facebook

Na universidade também se resiste – e pensa, pesquisa e recria a libertação da Palestina. Um exemplo disso é o projecto de final de curso apresentado pela estudante Saja Imad al-Barghouti, de 22 anos, que redesenhou o posto de controlo de Qalandiya, desmantelando uma estrutura do apartheid erigida pela ocupação israelita e convertendo-a num espaço público de jogos, brincadeira, diversão e vida.

O projecto, intitulado «Galeria de Qalandiya» e concebido como «reciclagem do checkpoint de Qalandiya depois da libertação da Palestina», foi apresentado como trabalho de final de curso à Universidade de Al-Quds, em Jerusalém, e, sublinha o canal libanês Al Mayadeen, dá corpo ao «imaginário colectivo de milhões».

Barghouti sublinhou que «o conceito do projecto se baseia na realidade palestiniana, mergulhada em opressão, injustiça e separação», devido ao principal checkpoint entre Ramallah e Jerusalém, e ao Muro do Apartheid.

Com o projecto, são demolidos o apartheid, a discriminação, a privação de direitos a que os palestinianos são sujeitos em Qalandiya, e o espaço, «reciclado», torna-se habitável, assume funções culturais e sociais, com balouços, escorregas, campos de basquetebol, zonas para fazer compras, ver arte e conviver.

Uma recuperação dos sentidos

A jovem estudante afirmou que a ideia fundamental subjacente ao projecto é pôr fim ao «carácter colonial» do Muro do Apartheid e transformá-lo numa peça arquitectónica que «restaure os sentidos», quando os palestinianos ali foram privados da sua utilização.

Estruturas como o checkpoint de Qalandiya, explicou, «visam limitar a mobilidade dos palestinianos, suprimir os seus sentidos e desintegrar o seu tecido social, geográfico e nacional».

Imagem do projecto pós-ocupação apresentado por Saja Barghoti / Imad Barghouthi / Facebook

O design do projecto pretende transformar o muro num «local de paz, sem opressão e humilhação», com «liberdade de movimentos» – o oposto do que acontece agora –, e num «museu de arte», que também passe «uma imagem revolucionária do povo palestiniano» e guarde o simbolismo do muro como parte da história de ocupação sofrida pelos palestinianos, sublinhou.

Saja Barghouti disse que a ideia do projecto lhe surgiu da própria «realidade quotidiana vivida pelos palestinianos na Cisjordânia, o cansaço e a tensão que sentem quando têm de passar pelo posto de controlo».

O checkpoint militar israelita de Qalandiya fica perto da localidade palestiniana homónima, a sul de Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Ali, milhares de palestinianos são obrigados a esperar horas para poderem passar e são submetidos a humilhações pelas forças israelitas.

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«As leis, políticas e práticas destinadas a manter um sistema cruel de controlo sobre os palestinianos deixaram-nos fragmentados geográfica e politicamente, frequentemente empobrecidos, e num estado constante de medo e insegurança», refere ainda o relatório.

O apartheid pode ser entendido como um sistema de tratamento discriminatório prolongado e cruel por parte de um grupo racial sobre membros de outro grupo, com a intenção de controlar o segundo grupo racial, entende a organização não governamental, que afirma: «O apartheid não é aceitável em parte nenhuma do mundo. Então porque é que o mundo o aceitou contra os palestinianos?»

Sistema de opressão e dominação

A ONG, que faz um vasto conjunto de recomendações a Israel e a outros intervenientes com vista ao «desmantelamento deste terrível sistema de apartheid», afirma que, desde a criação do Estado de Israel, em 1948, sucessivos governos têm criado e mantido um sistema de leis, políticas e práticas destinadas a oprimir e dominar os palestinianos com a intenção de privilegiar os israelitas judeus.

O muro do apartheid de Israel pode ser visto do espaço mas não no Google

Acusado de eliminar a Palestina da sua app Maps, o Google acabou por admitir, após um protesto mundial, que este território nunca foi assim designado, apesar de 136 membros da ONU o reconhecerem como Estado independente.

Aspecto do Muro do Apartheid israelita, que atravessa a Margem Ocidental ocupada
CréditosMPPM

O Google Maps está novamente envolvido em polémica, afirma o Middle East Monitor. Desta vez, a questão prende-se com o Muro do Apartheid de Israel – eufemisticamente designado como «barreira de separação» e que serpenteia pelas terras palestinianas da Margem Ocidental ocupada. O muro, que pode ser visto do espaço, não é visível no Google; não aparece em nenhum dos mapas fornecidos pelo motor de busca.

A Grande Muralha da China e a Muralha de Adriano (no Norte de Inglaterra) aparecem no Google Maps, e o mesmo se passa com o relativamente modesto Muro Ocidental, de 500 metros, em Jerusalém. Já o muro de betão de 700 quilómetros de comprimento e oito metros de altura que atravessa a Palestina desaparece do sistema de mapas electrónicos do Google.

Em virtude desta situação, o deputado europeu Alyn Smith (Partido Nacional Escocês) lançou uma petição em que se insta o Google a mostrar o Muro do Apartheid na sua totalidade, incluindo postos de controlo, torres de vigia e outros elementos instalados pelo Estado sionista. O Google, insiste Alyn Smith, deve ser obrigado a mostrar o muro e a entender que a sua prática actual é inaceitável.

O muro foi iniciado em 2000, com o argumento de que protege os cidadãos de Israel de bombistas suicidas. No entanto, esta estrutura configura-se como uma violação do direito dos palestinianos a deslocarem-se sem entraves na sua terra histórica, sublinha o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), acrescentando que «o muro é inteiramente construído bem dentro da terra palestiniana» e que «se trata de um roubo de terra em grande escala».

O Tribunal Internacional de Justiça classificou o muro como ilegal e a Assembleia Geral da ONU instou Israel a respeitar a sentença (com 150 votos a favor e seis contra). Mas o Estado de Israel é especialista em desprezar resoluções das Nações Unidas (cerca de 180), e esta foi, como as demais, ignorada ou violada, refere o MPPM.

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De acordo com o organismo, as autoridades israelitas têm feito isto recorrendo a quatro estratégias principais: 1. a fragmentação em domínios de controlo (manter os palestinianos separados uns dos outros em domínios territoriais, legais e administrativos distintos); 2. a despossessão de terras e propriedades (décadas de apreensões discriminatórias de terras e propriedades, demolições de casas e expulsões forçadas); 3. segregação e controlo (um sistema de leis e políticas que mantêm os palestinianos confinados a enclaves, sujeitos a várias medidas que controlam as suas vidas, e segregados dos israelitas judeus); 4. privação dos direitos económicos e sociais (o empobrecimento deliberado dos palestinianos, mantendo-os em grande desvantagem em comparação com os israelitas judeus).

Apartheid e impunidade

No documento, o organismo denuncia que «as autoridades israelitas gozam há demasiado tempo de impunidade», afirmando que Israel comete de forma sistemática, há décadas, graves violações dos direitos humanos dos palestinianos.

Entre outras, refere a transferência forçada, a detenção administrativa, tortura, assassínios ilegais e ferimentos graves, negação de direitos e liberdades básicos, que se inserem no «ataque generalizado e sistemático contra a população palestiniana» e que constituem «crimes contra a humanidade de apartheid».

Israel pediu à Amnistia Internacional que não publicasse o relatório, com o argumento estafado do «anti-semitismo» (o mesmo que é usado em França ou no Reino Unido para restringir a solidariedade com a Palestina) e afirmando que as conclusões são «falsas e tendenciosas», segundo referem o MPPM e outras fontes.

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Seguindo as orientações estabelecidas pela Campanha Palestiniana para o Boicote Académico e Cultural a Israel (PACBI, na sigla em inglês), os investigadores e professores universitários pedem também às instituições onde trabalham e aos ministérios da Educação dos seus países que suspendam a cooperação com as universidades israelitas cúmplices com a ocupação e o regime de apartheid que impõe.

Esta iniciativa dirige-se a instituições académicas israelitas e «não contra qualquer académico individual», explica o texto, acrescentando que o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), defendido pela grande maioria da sociedade palestiniana e os seus principais sindicatos, «rejeita todas as formas de racismo e discriminação, incluindo o anti-semitismo».

O movimento de boicote a instituições académicas israelitas que desempenham um papel determinante na ocupação da Palestina, cooperam com o Exército israelita e assumem políticas discriminatórias contra estudantes palestinianos, surgido em 2004, tem ganho uma expressão crescente entre organizações judaicas e académicos israelitas, destaca a declaração latino-americana.

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Como resultado destas acções, 50 pessoas foram desalojadas, incluindo 22 menores, e o sustento de outras 140 foi afectado, revelou o organismo das Nações Unidas.

Outras duas casas foram demolidas, de forma «punitiva», na aldeia de Silat al-Harthiya, perto de Jenin, porque pertenciam às famílias de dois palestinianos acusados de matar um colono israelita em Dezembro do ano passado. Doze pessoas, incluindo seis crianças, foram desalojadas.

O relatório indica igualmente que, no período referido, as forças israelitas de ocupação bloquearam as entradas de cinco aldeias no Norte da Cisjordânia, perturbando o acesso de dezenas de milhares de pessoas a propriedades, bens e serviços.

No que respeita à violência dos colonos, o relatório afirma que foram registados danos a propriedades de palestinianos em 20 ocasiões, no período referido, e que dois palestinianos ficaram feridos em resultado destas acções.

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Por seu lado, Alaa Shaham, com 22 anos, foi morto com um tiro na cabeça pelas forças de ocupação, no âmbito de uma operação no campo de refugiados de Qalandiya, a norte de Jerusalém.

Sanad Salem al-Harbed, de 27 anos, foi morto por uma unidade israelita à paisana na localidade de Rahat, predominantemente beduína, no deserto do Neguev (territórios ocupados em 1948).

Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) condenaram estas acções e apelaram à continuidade da resistência e da luta contra o «ocupante sionista».

Liga Árabe denuncia «crimes israelitas»

Num comunicado emitido ainda ontem, a Liga Árabe apelou aos organismos internacionais, especialmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que assumam as suas responsabilidades e implementem as resoluções respeitantes à protecção do povo palestiniano, refere a agência WAFA.

A ocupação israelita continua a realizar execuções extrajudiciais e assassinatos premeditados, desrespeitando os mais básicos direitos humanos do povo palestiniano, sendo que o número de jovens e crianças mortos desde o início do ano subiu para 20, sublinhou.

A Liga Árabe também condenou as actividades de expansão dos colonatos israelitas, as demolições de casas, as deslocações forçadas, bem como as detenções de palestinianos, práticas que classificou como «crimes de guerra e crimes contra a humanidade».

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