No final da primeira volta, os resultados são favoráveis ao presidente Macron com cerca de 27% dos sufrágios, seguido de Marine Le Pen com 24%. Em terceiro lugar surge o candidato populista de esquerda Jean-Luc Mélenchon com cerca de 22%.
Há muitos anos que a paisagem política francesa vive uma competição entre várias forças de direita. Todos os partidos vagamente de esquerda somados têm menos de 30% dos sufrágios, com uma extrema-direita, com vários candidatos, que se abeira dos 40% das preferências dos franceses.
Nestas eleições, a candidata socialista, Anne Hiddalgo, tem menos de 2% e o comunista, Fabien Roussel, um pouco acima de 2%, enquanto o candidato ecologista, Yannick Jadot, obtém cerca de 4%.
As sondagens divulgadas no final da semana em França indicam que tanto Emanuel Macron como Marine Le Pen podem chegar ao primeiro lugar na segunda volta das presidenciais agendadas para o dia 24 de Abril, com o Presidente francês a manter uma ligeira vantagem sobre a candidata da extrema-direita.
Estes resultados demonstram que as preocupações dos franceses se deslocaram da guerra na Ucrânia para problemas internos, nomeadamente o aumento dos preços e o crescimento das dificuldades económicas sentidos pelos trabalhadores franceses.
Estas eleições culminam um ciclo longo, em que a política urbana e a política económica construiu uma sociedade com sectores inteiros da população excluídos, abandonando qualquer perspectiva de igualdade.
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