O Gabinete Central de Estatísticas da Palestina considera como jovens os indivíduos na faixa etária 18-29 anos – seguindo um critério diferente do das Nações Unidas – e é a essa camada que se refere quando afirma, em nota de imprensa, que 53% dos jovens palestinianos estavam desocupados no ano passado (não estudavam nem trabalhavam).
No texto ontem divulgado, a propósito do Dia Internacional da Juventude, que hoje se assinala, o organismo precisou que a situação é mais grave na Faixa de Gaza cercada, afectando 67% dos jovens, enquanto da Margem Ocidental ocupada a taxa de desocupação atinge 43%. Referiu igualmente que a situação é bem pior entre as raparigas (68%) do que entre os rapazes (38%).
Sem incluir os estudos, a entidade destaca que o desemprego é o grande desafio com que a juventude se confronta, tendo em conta que atinge 64% das jovens e 33% dos jovens. O impacto na Faixa de Gaza, território bloqueado pelos israelitas desde 2007, é enorme, atingindo 67% dos jovens. Na Cisjordândia, afecta cerca de um quarto desta camada etária (24%).
O número de jovens palestinianos empregados no sector informal chegou aos 139 mil, o que representa 47% do total dos jovens empregados na Palestina.
Taxa de analfabetismo diminuiu
De acordo com os dados agora apresentados, os jovens palestinianos (18-29 anos) são 1,16 milhões, o que representa 22% da população total da Palestina.
A taxa de analfabetismo neste grupo etário desceu em 2020 para 0,8%, por comparação com 1,1% registado em 2007, referiu a entidade, precisando que é maior na Cisjordânia (0,9%) do que na Faixa de Gaza (0,7%).
Sublinhando a importância da Educação para os palestinianos, o Gabinete de Estatísticas indica que, em 2020, 18% dos jovens tinham obtido o grau de bacharelato ou superior e que a percentagem de jovens mulheres nessa situação é bastante superior à dos homens: 23% e 13%, respectivamente.
O organismo revela ainda que a percentagem de jovens mulheres que casam antes dos 18 anos desceu para 13% em 2020 (12% na Margem Ocidental ocupada e 17% na Faixa de Gaza cercada), por comparação com os 37% registados em 2010.
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