A passagem do 76.º aniversário sobre a derrota do nazi-fascismo foi assinalado neste domingo, dia 9 de Maio, na Rússia. Em Moscovo, o Desfile da Vitória reuniu mais de 12 mil militares e 190 veículos, históricos e modernos e modernos, segundo a RT News.
O dia marca a rendição incondicional da Alemanha Nazi perante os Aliados, a qual teve efeito à 1h da manhã de 9 de Maio de 1945, hora de Moscovo (23h do dia 8 de Maio na Europa Central), foi feriado desde então na União Soviética e permanece como tal na Federação Russa.
O presidente russo, Vladimir Putin, saudou «o significado histórico para os destinos do mundo inteiro» deste dia e preconizou que o feriado «permanecerá um dia sagrado para a Rússia», segundo a página oficial da Presidência.
Dirigindo-se aos veteranos presentes, o presidente russo prestou homenagem à sua coragem e ao «exemplo imortal» de amor pátrio de que deram provas, derrotando «um inimigo implacável». Lembrou o «mais elevado heroísmo» demonstrado pelo povo soviético, unindo «gentes de todas as etnias e convicções».
Depois de celebrar «a memória de toda uma geração de grandes heróis e trabalhadores dedicados» e lembrar «os combatentes da linha da frente, os bravos guerrilheiros e os membros da resistência clandestina», Vladimir Putin assumiu a herança «daqueles que derrotaram, esmagaram, destruíram o nazismo» como um valor de que a sociedade russa actual se orgulha.
A 80 anos da agressão à URSS...
A propósito do 80.º aniversário do começo da Grande Guerra Patriótica, Putin definiu o dia 22 de Junho de 1941, data do início da invasão da URSS pela Alemanha nazi, como «uma das mais trágicas horas da nossa história».
«O inimigo», sublinhou, não só queria «destruir o sistema político soviético» como «fazer-nos desaparecer como nação e erradicar os nossos povos da face da Terra». A resposta soviética à agressão foi «tudo fazer para derrotar o inimigo» e para dar «aos criminosos e assassinos» o seu «inevitável e justo castigo».
Ao defender a URSS contra «as hordas nazis», à custa de «morte e dor, horror e um incomensurável sofrimento», o povo soviético «libertou a Europa da “praga castanha”», afirmou o presidente russo.
… e a quase 100 anos da ascensão do nazismo
Após lembrar que há quase 100 anos «a abominável besta nazi ganhava insolência e força predatória na Europa Central», quando a «supremacia étnica e racial, o anti-semitismo e a russofobia» se generalizavam, Vladimir Putin defendeu que «a História exige que se aprenda com ela» e deplorou as tentativas de espalhar a ideologia nazi e as ideias supremacistas.
Depois de referir a tentativa de reescrever a história por parte de «criminosos cujas mãos estão manchadas de sangue», Putin afirmou que o povo russo «sabe muito bem onde isto vai ter» e preveniu que aqueles que «aqueles que planeiam novas agressões» não serão perdoados.
«A Rússia», afirmou, «defende consistentemente o direito internacional» ao mesmo tempo que protege os interesses do país e a sua segurança.
O Dia da Vitória
O primeiro Desfile da Vitória realizou-se a 9 de Maio de 1945 e marcou o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e da Grande Guerra Patriótica (1941-1945), designação que espelha a luta mortal travada pelo povo russo e restantes povos soviéticos contra a guerra de extermínio imposta pela Alemanha nazi.
Durante os quatro anos de guerra que mediaram entre a invasão da União Soviética (URSS) e derrota definitiva da Alemanha Nazi, com a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho e o suicídio de Adolf Hitler, cerca de 26,6 milhões de soviéticos perderam a vida, entre civis e militares. Praticamente todas as famílias soviéticas perderam algum familiar na guerra.
O Dia da Vitória é um acontecimento importante na Rússia e em cada ano é momento de numerosas celebrações, durante as quais é lembrado o sofrimento do povo russo mas também honrada a memória de uma geração que defendeu a sua Pátria e contribuiu decisivamente para a libertação da Europa e do Mundo dos nazi-fascistas e dos seus planos de domínio mundial.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui