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Israel prossegue a colonização da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental

Novos fogos para colonos em Jerusalém Oriental e demolição de casas palestinianas em Belém dão corpo ao expansionismo sionista. Lieberman quer recrutar 3,5 milhões de imigrantes judeus na diáspora.

A lei do Estado-nação do povo judeu, agora aprovada pelo Knesset, é uma de várias leis e resoluções com que a extrema-direita israelita tem vindo a consolidar o apartheid e a ocupação da Palestina
Créditos / Sputnik News

De acordo com a imprensa israelita, a que a agência Ma'an e a PressTV fazem referência, Israel estará a planear construir 75 novas unidades habitacionais para colonos no bairro de Beit Hanina, em Jerusalém Oriental ocupada, pese embora todas as críticas que, a nível internacional, têm denunciado a política expansionista de expropriação e colonização levada a cabo pelo governo israelita.

Prevê-se que a Comissão de Planeamento e Construção do Município de Jerusalém se reúna esta quarta-feira para discutir o plano de construção, que, pela primeira vez, abrange o bairro de Beit Hanina, perto do colonato ilegal de Ramat Shlomo.

Por outro lado, um responsável da Autoridade Palestiniana revelou esta terça-feira à rádio Voz da Palestina que 189 casas palestinianas estão em risco de ser demolidas pelos israelitas na aldeia de al-Walaja, a oeste da cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada.

Walid Assaf disse ainda que as demolições recentes ali ocorridas se enquadram no plano ilegal israelita que visa alargar a fronteira sul de Jerusalém, de modo a expandir o colonato ilegal de Gush Etzion, refere a agência Ma'an.

Na segunda-feira à noite, foram distribuídas tendas e material de apoio urgente às famílias palestinianas cujas casas foram demolidas pelas forças israelitas, poucas horas depois de terem sido notificadas ou sem terem recebido notificação alguma.

Cerca de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde a ocupação israelita, em 1967, dos territórios palestinianos da Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental.

Recrutar 3,5 milhões de judeus à diáspora na próxima década

Em declarações ao periódico nova-iorquino The Jewish Press, o ministro israelita da Defesa, Avigdor Lieberman (de extrema-direita), disse que Israel «deveria apontar para recrutar 3,5 milhões de novos imigrantes para o Estado Judeu na próxima década».

«A maior ameaça ao povo judeu na diáspora é a assimilação, que já atingiu os 60%», disse o ministro israelita este domingo. Para promover tal movimento massivo de emigração, o Estado israelita deverá ter de investir cerca de 365 milhões de dólares anualmente ao longo dos próximos dez anos, estimou.

Para o representante da direita israelita, a chegada de 3,5 milhões de colonos judeus conduzirá Israel «a outro nível», dando «um enorme impulso à economia e à ciência, e claro, reforçando-nos «como potência regional e porventura mais ainda», disse.

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