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Israelitas prenderam 15 palestinianos esta madrugada na Margem Ocidental

Pelo menos 15 palestinianos, oito dos quais menores, foram detidos na madrugada desta segunda-feira, em operações levadas a cabo pelas forças de ocupação israelitas na Margem Ocidental ocupada.

Presos palestinianos de olhos vendados num centro de detenção israelita (foto de arquivo)
Créditos / Press TV

Três menores foram detidos junto a um ponto de controlo militar israelita na zona ocidental da cidade de Tulkarem (Norte da Cisjordânia), informa a agência Ma'an. Os jovens, levados para parte incerta, foram posteriormente libertados, segundo revelou a Sociedade de Presos Palestinianos (SPP) num comunicado.

Ainda de acordo com a SPP, oito palestinianos (cinco dos quais menores) foram presos esta madrugada em Jerusalém Oriental ocupada.

Para além disso, diversas fontes referem a detenção de quatro palestinianos na região de Hebron (Sul da Margem Ocidental ocupada): dois na cidade de Hebron e outros dois na aldeia próxima de Beit Ummar.

As incursões nocturnas das forças militares israelitas nos territórios ocupados da Palestina ocorrem quase diariamente. De acordo com dados das Nações Unidas, a que a Ma'an faz referência, entre 13 e 26 de Dezembro Israel realizou 178 operações militares, nos territórios ocupados, visando a detenção de palestinianos.

Segundo dados da associação de apoio aos presos Addameer, cerca de 7000 palestinianos estão em cárceres israelitas, muitos dos quais sob o regime de detenção administrativa – um procedimento que permite às forças israelitas manter os presos encarcerados por um período indefinido, com base em informações secretas, sem os acusar formalmente nem lhes permitir ir a julgamento, e sem que eles saibam quando serão libertados.

111 palestinianos mortos em 2016

2016 foi, nos anos recentes, um dos mais mortíferos e violentos para os palestinianos que vivem na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza. De acordo com os dados recolhidos pela Ma'an, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, 111 palestinianos foram mortos, na sua maioria mortos a tiro pelas forças israelitas.

Desde Outubro de 2015, quando teve início aquilo que alguns designam como a «Intifada de Jerusalém», foram mortos pelos israelitas cerca de 250 palestinianos; algumas fontes referem 270.

Tanto a Polícia como os militares israelitas foram alvo de fortes críticas, ao longo deste ano, por parte de grupos de defesa dos direitos humanos, que acusam as autoridades israelitas de utilização excessiva da força e de «execuções extrajudiciais» contra os palestinianos, incluindo menores.

Em 2016, o Governo israelita manteve a política de retenção dos cadáveres de muitos dos palestinianos assassinados, alegando que os funerais tinham sido chão fértil para a revolta contra a Israel. Os cadáveres foram retidos entre três e oito meses.

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