«O Norte e o Sul devem aprofundar os seus esforços para concretizar a desnuclearização da Península da Coreia», declarou Kim Jong-un ao receber em Pyongyang, na quarta-feira, uma delegação de alto nível sul-coreana.
De acordo com a agência estatal KCNA, o líder norte-coreano quer que a Península – há muito palco de tensões e local de intensa actividade militar por parte dos EUA e dos seus aliados na região – se torne «o berço da paz», «sem armas nucleares e livre da ameaça nuclear».
A delegação especial da Coreia do Sul chegou à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) com o propósito de preparar uma nova cimeira entre os líderes coreanos e chegar a um acordo quanto à data e hora da reunião, segundo refere a Prensa Latina.
Deste modo, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, responde afirmativamente ao convite que lhe foi endereçado por Kim Jong-un, a quem tinha prometido, em Maio, visitar Pyongyang ainda este ano, no Outono de 2018.
A delegação sul-coreana, liderada por Chung Eui-yong, director do Gabinete da Segurança Nacional e enviado especial do presidente da Coreia do Sul, reuniu-se ontem com o líder norte-coreano e, segundo refere a KCNA, trocaram «opiniões abrangentes» sobre o calendário da cimeira, «tendo chegado a um acordo satisfatório».
Fontes oficiais anunciaram que a cimeira terá lugar na capital norte-coreana entre os dias 18 e 20 de Setembro. É a terceira entre Kim Jong-un e Moon Jae-in.
A 27 de Abril deste ano, Pyongyang e Seul realizaram um encontro deste nível pela primeira vez em 11 anos. Então, Kim Jong-un tornou-se o primeiro chefe de Estado da RPDC a atravessar a fronteira que divide a Península Coreana em duas partes, na sequência da guerra que os EUA desencadearam na Coreia, entre 1950 e 1953, e que provocou milhões de mortos.
No final do encontro foi firmado um documento de grande relevo, conhecido como Declaração de Panmunjom.
Os dois líderes voltaram a encontrar-se em 26 de Maio, tendo então abordado temas relacionados com a Cimeira de Singapura, que viria a ter lugar numa ilha desse país asiático entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Mensagem para os Estados Unidos
Já na Coreia do Sul, o líder da delegação sul-coreana, Chung Eui-yong, disse que Kim tinha manifestado «a intenção de trabalhar de perto com os EUA» e de «alcançar a desnuclearização da Península da Coreia», mas expressando «uma sensação de frustração» com a comunidade internacional por não valorizar os «passos muito significativos e importantes» dados por Pyongyang, indica a PressTV.
Para além disso, Kim Jong-un sublinhou que Pyongyang desmantelou as instalações de testes nucleares em Punggye-ri, disse ainda Chung Eui-yong.
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