O líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, encontraram-se esta terça-feira na capital norte-coreana, Pyongyang, e devem continuar o diálogo amanhã, segundo dia de trabalhos da terceira cimeira inter-coreana.
No final dessa segunda ronda, que também irá decorrer na sede do Comité Central do Partido do Trabalho, prevê-se que ambos os mandatários façam uma declaração conjunta sobre os avanços alcançados, indica a Prensa Latina.
No encontro de hoje, Kim Jong-un esteve acompanhado por Kim Yong-chol, director dos Serviços Secretos, e Kim Yo-jong, directora do Departamento de Propaganda e Agitação do Partido do Trabalho.
Por seu lado, Moon Jae-in, fez-se acompanhar pelo chefe dos Serviços Secretos, Suh Hoon, e pelo director do Gabinete de Segurança Nacional, Chung Eui-yong.
Na reunião de hoje, os líderes da Coreia debateram a questão da desnuclearização da Península da Coreia e a possibilidade de se retomar o diálogo entre os Estados Unidos e a RPDC.
Terceira cimeira de alto nível
Esta é a terceira cimeira de alto nível que Pyongyang e Seul realizam em 2018, depois de Kim e Moon se terem encontrado em Abril e Maio deste ano.
A 27 de Abril, Pyongyang e Seul promoveram a realização de um encontro deste nível pela primeira vez em 11 anos. Então, Kim Jong-un tornou-se o primeiro chefe de Estado da RPDC a atravessar a fronteira que divide a Península Coreana em duas partes, na sequência da guerra que os EUA desencadearam na Coreia, entre 1950 e 1953, e que provocou milhões de mortos.
No final do encontro foi firmado um documento de grande relevo, conhecido como Declaração de Panmunjom.
No início deste mês, ao receber em Pyongyang uma delegação de alto nível sul-coreana, com vista à preparação da cimeira agora em curso, Kim Jong-un declarou que «o Norte e o Sul devem aprofundar os seus esforços para concretizar a desnuclearização da Península da Coreia».
O chefe da delegação sul-coreana, Chung Eui-yong, disse então à imprensa que Kim manifestou «a intenção de trabalhar de perto com os EUA» e de «alcançar a desnuclearização da Península da Coreia», mas que expressou «uma sensação de frustração» com a comunidade internacional por não valorizar os «passos muito significativos e importantes» dados por Pyongyang.
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