O Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) inicia hoje o seu VII Congresso, em que estará em discussão o programa do partido para as eleições do próximo ano. O encontro magno, que decorre até sábado, 20, em Luanda, conta com a participação de 2620 delegados, eleitos em assembleias das organizações de base.
A reunião do órgão máximo do partido que dirige o governo de Angola é marcado pela difícil conjuntura económica no país, consequência da quebra no preço do petróleo. Depois da cotação descer dos 100 dólares para metade nos últimos meses de 2014, em Janeiro deste ano registou mínimos históricos da última década.
A descida para abaixo dos 35 dólares deixou a petrolífera pública angolana, a Sonangol, impossibilitada de transferir receitas para os cofres públicos. Simultaneamente, os menores proveitos com a exportação de petróleo criaram uma situação de carência de divisas estrangeiras, com impacto na economia. Os responsáveis do MPLA assumem a necessidade de diversificação das exportações, de forma a reduzir a dependência do petróleo e da volatilidade das suas cotações.
O governo angolano entregou esta semana um Orçamento rectificativo, onde são revistas em baixa as previsões do preço do barril de petróleo e do crescimento económico, e que contempla um reforço do investimento público.
Nos dias que antecederam o início dos trabalhos do congresso do MPLA, os delegados visitaram o Marco Histórico da Batalha de Kifandongo, um dos momentos decisivos da luta pela independência de Angola. A 10 de Novembro de 1975, um dia antes da proclamação da independência, as forças do MPLA travaram uma ofensiva de forças do Zaire e da África do Sul naquela vila a Norte de Luanda. Ontem, uma delegação do Comité Central do MPLA prestou homenagem a Agostinho Neto, o primeiro presidente e líder histórico da luta do povo angolano contra o colonialismo e pela independência.
Os congressistas vão eleger o Comité Central do MPLA, cuja proposta conta com 363 membros, e o presidente do partido, que deve continuar a ser José Eduardo dos Santos.
O VII Congresso, que tem como lema «MPLA – com o povo, rumo à vitória», conta com a presença de delegações de várias forças políticas portuguesas.
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