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Legado de Sandino louvado em Luanda, Caracas e Santiago do Chile

Angola, Chile e Venezuela foram alguns dos países que acolheram actos para louvar a gesta e o legado anti-imperialista de Augusto C. Sandino, o «general de homens livres».

Homenagem a Sandino e ao seu legado em Luanda (Angola) Créditos / PL

«Falar de Sandino é falar de dignidade, patriotismo, soberania e autodeterminação», disse em Luanda o encarregado de negócios da Embaixada nicaraguense, Carlos Andrés Suárez Aguiar, numa cerimónia a propósito dos 91 anos do assassinato de Augusto C. Sandino.

O «general de homens livres», que se destacou na resistência à intervenção norte-americana na Nicarágua (1927-1933), foi assassinado a 21 de Fevereiro de 1934, numa acção planeada pelo então director da Guarda Nacional, Anastasio Somoza García, em conluio com a Embaixada dos Estados Unidos.

Este sábado, na cerimónia que teve lugar na capital angolana – com a presença de membros do corpo diplomático, convidados e representantes da comunidade nicaraguense no país africano –, Suárez Aguiar destacou que a luta de Sandino «mostra que o impossível não existe», em alusão aos seis anos de resistência armada aos norte-americanos e à sua expulsão do país centro-americano.

O diplomata disse que o herói nacional vive em todos os povos livres e que as suas ideias se tornaram realidade nas escolas públicas do seu país, onde as crianças têm acesso a uma «educação gratuita, inclusiva e de qualidade».

Lembrando que Sandino foi um visionário do canal inter-oceânico que hoje começa a ser realidade na Nicarágua, disse que as duas ideias também estão plasmadas na construção de postos de saúde e hospitais públicos.

Vigência do legado de Sandino sublinhada em Recoleta (Santiago)

«O líder da resistência à ocupação norte-americana no início do século XX infligiu a primeira derrota militar ao exército dos EUA», destacou Carlos Midence, embaixador da Nicarágua no Chile ao falar no acto que teve lugar esta sexta-feira na comuna chilena de Recoleta.

A comuna de Recoleta (Santiago do Chile) acolheu um acto de homenagem a Augusto César Sandino / PL 

«O seu legado perdura hoje em todos os povos que lutam contra o imperialismo», disse, acrescentando que, se a figura é «mais conhecida pela dua dimensão militar, o seu pensamento ficou plasmado numa série de documentos sobre o que ele designava como Nueva Nicaragua».

Na homenagem a Augusto C. Sandino (1895-1934) participaram membros do corpo diplomático da Rússia, Argélia, Cuba, Honduras e África do Sul, bem como representantes da comuna de Recoleta e de partidos políticos, movimentos populares e sociais, refere a Prensa Latina.

Carlota Espina, presidente do Centro de Extensão e Investigação Luis Emilio Recabarren, foi um de vários oradores no acto, tendo evocado Sandino como um «destacado lutador anti-imperialista».

«A sua coragem, rebeldia e grande legado é o património que deixa a todos aqueles que esperam conquistar num dia não tão distante um mundo melhor», afirmou.

ALBA-TCP reafirma compromisso com ideais de Sandino

Dirigentes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) prestaram homenagem a Sandino e ao seu legado, tendo realizado uma oferenda floral no Panteão Nacional, em Caracas (Venezuela).

No Panteão Nacional, em Caracas (Venezuela), a ALBA-TCP homenageou Sandino / @ALBATCP

Na cerimónia, os representantes da ALBA-TCP reafirmaram o seu compromisso com os ideais do «revolucionário», destacando a «importância da sua luta para o actual contexto da América Latina» e sublinhando que os princípios de soberania e autodeterminação são pilares fundamentais para o organismo de integração regional.

«A vida e o sacrifício de Sandino lembram-nos a importância de nos mantermos firmes na nossa luta pela justiça e a liberdade. O seu legado é um farol que guia as nossas acções e nos inspira a seguir em frente, independentemente das adversidades», disse um dos representantes, citado pela TeleSur.

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