Reunidos em Adis Abeba (Etiópia) este fim-de-semana, no decorrer da 38.ª sessão ordinária da Assembleia da UA, os chefes de Estado e de governo adoptaram uma resolução que condena – pela 16.ª vez consecutiva – o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos ao país caribenho.
O texto aprovado pela organização continental também inclui, pela segunda vez, o pedido de que Cuba seja retirada da lista unilateral e arbitrária, criada pelo Departamento de Estado norte-americano, de países que alegadamente patrocinam o terrorismo, refere o diário Granma.
Além disso, o texto manifesta profunda preocupação pelo impacto destas políticas, que se agrava e tem consequências mais cruéis no actual contexto, em que Cuba enfrenta os efeitos económicos e sociais de vários fenómenos naturais severos que atingiram o país.
O texto também se refere ao carácter extraterritorial destas medidas impostas a Cuba, que atingem países terceiros e empresas que procuram estabelecer relações económicas e comerciais com a Ilha.
No seu portal, o Granma sublinha que a atitude do bloco continental «é uma demonstração inquestionável dos laços estreitos e fraternos que existem entre os povos da África e de Cuba, e da solidariedade e do compromisso dos povos africanos em favor da eliminação da política injusta e ilegal dos EUA».
A reafirmação deste posicionamento tradicional africano assume ainda maior importância no «actual contexto de perseguição», em virtude da política de máxima pressão que a administração liderada por Donald Trump está a retomar.
Numa «clara demonstração da agressividade do imperialismo contra a soberania, a paz e o bem-estar da população cubana», Trump «decidiu restabelecer as duras medidas de guerra económica que seu antecessor havia eliminado poucos dias antes», lembra o periódico a este propósito.
Neste contexto, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, agradeceu à União Africana pelo seu «apoio e solidariedade fraterna».
No Twitter (X), o diplomata destacou o facto de a organização regional ter condenado o bloqueio e repudiado, pela segunda vez, a inclusão do país caribenho «na lista arbitrária de alegados patrocinadores do terrorismo».
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