Os ministros da Defesa dos países da aliança militar decidiram esta quinta-feira enviar mais 3500 tropas para o Iraque. «Vamos expandir a missão da NATO no Iraque para garantir que o Daesh não volta», anunciou Jens Stoltenberg em conferência de imprensa.
A agência Anadolu informa que o número de militares destacados vai passar de 500 para 4000, um reforço substancial da «missão da NATO» que, segundo Stoltenberg, encontra justificação no facto de o Daesh ainda operar no Iraque.
Este anúncio do secretário-geral da NATO ocorre quase uma semana depois de a agência Sputnik ter noticiado que agentes das secretas dos EUA, do Reino Unido e de França (membros da NATO) e de países da região têm mantido encontros, desde o início do ano, com representantes do Daesh e de outros grupos terroristas no Sul da Síria, na região de al-Tanf.
A mesma fonte revelou que, entre os temas discutidos, esteve «a intensificação dos ataques às forças do governo sírio e às bases militares russas na Síria».
Presença militar dos EUA no Iraque «contestada»
Actualmente, os EUA têm destacadas no Iraque cerca de 2500 tropas, cuja saída do país o Parlamento iraquiano exigiu em Janeiro de 2020, na sequência do assassinato, em Bagdade, do general iraniano Qassem Soleimani e de Abu Mahdi al-Muhandes, subcomandante das Unidades de Mobilização Popular iraquianas.
O assassinato, por ordem da Casa Branca, destas duas figuras destacadas na luta contra o Daesh fez aumentar a revolta contra a presença de tropas norte-americanas no Iraque e, nos últimos meses, cresceu o número de ataques a caravanas militares da coligação liderada pelos EUA.
Na última semana, os ataques sucederam-se a um ritmo quase diário. Esta sexta-feira, uma caravana norte-americana foi atacada quando atravessava a cidade de Nasiriyah, capital da província de Dhi Qar. Uma outra foi atacada ontem à tarde, em al-Diwaniyah (província de al-Qadisiyah).
Registaram-se ataques do mesmo género na quarta-feira, em Nasiriyah, e na segunda-feira, em Bagdade, refere a PressTV.
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