Proposta pela Rússia, a resolução «Combater a glorificação do Nazismo, Neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada» foi aprovada ontem, na Terceira Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas, com 131 votos a favor, três votos contra e 48 abstenções, entre as quais a de Portugal.
O documento, que deverá ser adoptado pela Assembleia no próximo mês, sublinha que o combate referido colhe orientação na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos do Homem e no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
Nos 52 pontos da resolução, inclui-se a condenação da persistência e do reaparecimento do neonazismo, do neofascismo e de ideologias nacionalistas violentas baseadas em preconceitos raciais.
Expressa-se, para além disso, a preocupação com as tentativas de glorificar estas atitudes, bem como com a construção de monumentos ou a realização de manifestações públicas evocativas do passado nazi e das suas principais figuras.
Noutro dos seus pontos, a resolução insta os estados a ratificar e a aplicar a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Os Estados Unidos fundamentaram o seu voto no «âmbito excessivamente estreito e natureza politizada» da resolução. Em comunicado, a representação norte-americana afirma ainda que a resolução «exige limites inaceitáveis à fundamental liberdade de expressão».
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