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Ourense é uma província que «esmorece», alerta a CIG

A central sindical agendou uma manifestação para dia 17, dando início a uma campanha de sensibilização para a «dramática» situação socioeconómica da província de Ourense e exigindo uma aposta no futuro.

Pormenor do cartaz da manifestação convocada para dia 17 de Julho em Ourense Créditos / CIG

Com a marcha, que tem início previsto para as 20h da próxima quarta-feira junto ao edifício da Xunta em Ourense, a Confederação Intersindical Galega (CIG) quer reclamar às administrações públicas «um compromisso urgente e um plano de futuro que evite o risco real de desaparecermos».

A mobilização, com o lema «É hora de apostar em Ourense e na Galiza», foi anunciada há uma semana em conferência de imprensa, com o dirigente sindical Anxo Pérez Carballo a alertar para o actual processo de «destruição industrial e perda demográfica que Ourense está a sofrer».

Isto, em conjunto com «a fragilidade do seu tecido produtivo, está a disseminar os baixos salários e pensões, a insegurança laboral e a pobreza e a exclusão social», disse, citado pelo portal da CIG.

Anxo Pérez Carballo e outros dirigentes sindicais da CIG presentes na conferência de imprensa em Ourense / CIG

Carballo lembrou, a este propósito, que a actual situação se plasma nos dados «absolutamente devastadores» recolhidos no relatório sobre a situação socioeconómica e laboral da província de Ourense, recentemente elaborado pelo gabinete técnico da central sindical, «de tal modo que até nos convidam a pensar que estamos numa província em vias de extinção».

Entre outros aspectos, chamou a atenção para a perda de 8% da população na última década, apesar de se tratar de uma província que recebe muita emigração.

«A pirâmide demográfica aqui não tem a forma de uma pirâmide, mas de uma caixa, e podemos ver como as pessoas com mais de 85 anos triplicam o número de pessoas com menos de quatro anos», alertou o dirigente sindical.

Em simultâneo, perdeu-se toda uma geração de jovens com estudos e formação universitária que tiveram de emigrar em busca de emprego.

Fragilidade do tecido produtivo e necessidade de apostar no futuro

Num contexto em que Ourense se afigura como uma das províncias com mais pensionistas e maior desproporção entre pensionistas e trabalhadores assalariados, Anxo Pérez Carballo sublinhou que «temos as prestações mais baixas de todo o Estado espanhol e maioria das pessoas aufere uma pensão digna porque trabalhou fora». Além disso, as mulheres recebem pensões 30% mais baixas que os homens.

Na conferência de imprensa, a CIG referiu-se também à debilidade do tecido produtivo (80% das empresas têm no máximo dois trabalhadores assalariados), à precariedade laboral reinante (com particular impacto nas mulheres) e ao baixo nível salarial, ao ponto de a província poder ser considerada «em sério risco de pobreza laboral e de exclusão social».

Neste contexto, o dirigente sindical disse que a CIG não pensa ficar de braços cruzados e «à espera que passe o temporal», e exige o envolvimento concreto das várias administrações públicas para enfrentar a situação.

«Ou se aposta em Ourense e se implementa um plano de futuro, ou o futuro desta província vai ficar seriamente comprometido», frisou.

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