As sanções, qualquer que seja a forma que assumam, são ilegítimas e inaceitáveis, defende o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL). A posição divulgada foi promovida pelo PCP, partido que integra o grupo no Parlamento Europeu (PE).
O GUE/NGL considera estar em curso um «processo de chantagem e ingerência económica e política levado a cabo pelas instituições da União Europeia (UE)» contra os países ibéricos. O comunicado denuncia a instrumentalização das ameaças de sanções, que pretendem «reverter os progressos e avanços alcançados pelo povo português nos últimos meses».
«É um direito – e uma necessidade – do povo português a libertação de todo o tipo de mecanismos de dominação económica e política»
João Ferreira, Deputado do PCP no Parlamento Europeu
Os deputados ao PE consideram «uma aberração, uma terrível injustiça e um acto de agressão inaceitável» a ameaça sobre os «povos de Espanha e Portugal», destacando que foram «vítimas de uma crise económica e social que resulta das políticas da própria UE».
O grupo a que pertencem PCP e BE «rejeita os mecanismos que estão por detrás da ameaça das “sanções” da UE – nomeadamente o Pacto de Estabilidade, os pacotes da Governação Económica e o Tratado Orçamental». Para os deputados, impõe-se o respeito pela soberania e pelas escolhas do povo português.
O deputado João Ferreira (PCP) destaca a necessidade «de o povo português se libertar de todo o tipo de mecanismos de dominação económica e política». Marisa Matias (BE) refere que não estão em causa «objectivos de consolidação fiscal», mas que as sanções «são políticas e visam condenar o povo português».
A deputada espanhola Marina Albiol (Izquierda Plural) defende políticas que «acabem com a pobreza e ponham a economia nas mãos do povo», enquanto Xabier Benito (Podemos) considera que «os constragimentos do défice devem ser flexibilizados, permitindo políticas de crescimento justo, inclusivo e sustentável».
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