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Pela quinta vez, Cuba eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Apesar da campanha dos EUA contra a candidatura cubana, a Assembleia Geral das Nações Unidas elegeu Cuba como membro do organismo com 170 votos em 193 possíveis.

Cartaz em Cuba contra o bloqueio imposto ao país pelos EUA
Créditos / RT

Cuba foi eleita esta terça-feira como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, para o período 2021-2023. O organismo, com sede em Genebra (Suíça) e composto por 47 países-membros, é responsável por promover e proteger os direitos humanos em todo o mundo.

Os Estados Unidos desenvolveram uma intensa campanha de pressões para evitar a eleição da maior ilha das Antilhas. No entanto, Cuba, que é membro fundador do Conselho de Direitos Humanos (criado em 2006), passou a ocupar um dos oitos lugares reservados ao Grupo da América Latina e Caraíbas. E foi eleita de forma esmagadora, com 88% dos votos.

«Com esta vitória, o país caribenho reafirma o seu compromisso com uma ordem internacional baseada na inclusão, justiça social, dignidade humana, compreensão mútua e promoção e respeito da diversidade cultural», indica uma nota de imprensa da missão de Cuba junto das Nações Unidas, citada pela Prensa Latina.

«Ao mesmo tempo, deita por terra as actuais manobras da administração dos Estados Unidos, que não perdem espaço algum para caluniar a exemplar trajectória de Cuba em matéria de direitos humanos», acrescenta o texto.

«A ilha caribenha continuará a defender, com voz própria, o diálogo e a cooperação, a favor de todos os direitos para todas as pessoas», nota ainda o comunicado.

Por seu lado, uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba refere que o país apresentou a sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos orgulhoso de estar entre os países cujos governos fizeram muito para que todos os seus cidadãos gozem o mais amplamente possível todos os direitos humanos.

Membro fundador do Conselho de Direitos Humanos, Cuba foi ontem eleita pela quinta vez para este organismo das Nações Unidas. Antes, teve ali assento em dois períodos consecutivos, até Dezembro de 2012, e novamente em dois períodos consecutivos: 2014-2016 e 2017-2019.

Nesse contexto – refere a Prensa Latina –, apresentou resoluções sobre o direito à alimentação, aos direitos culturais e à diversidade cultural, sobre os efeitos da dívida externa no gozo dos direitos humanos, em particular direitos económicos, sociais e culturais.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou ainda que a eleição «honra a autodeterminação e a resistência do povo cubano perante obstáculos e ameaças sérios provocados pela política unilateral de hostilidade e agressão, e pelo bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, que constitui uma violação flagrante, massiva e sistemática dos direitos humanos».

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