Ao anunciar a aliança com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), comunicou, também, o convite formal feito pelo ex-presidente Lula da Silva a Manuela D’Ávila para que esta seja a vice da sua candidatura.
Lembrando que «a tradição do PT foi sempre disputar eleições em coligações», com o candidato a vice indicado por outro partido, Hoffman destacou que «a candidatura de Manuela D’Ávila cumpriu papel importantíssimo na construção da unidade formalizada este domingo, um importante acordo do campo progressista e popular para dar sustentação à candidatura do ex-presidente Lula», indica o Portal Vermelho.
A senadora petista disse ainda que as conversas entre os dois partidos definiram a táctica eleitoral para assegurar a presença do ex-presidente Lula, além da estratégia de campanha até a regularização da situação judicial da candidatura. Neste processo, a representação do candidato estará a cargo de Fernando Haddad, ex-presidente da Câmara de São Paulo, em virtude da «proximidade com Lula» e da «identificação com o PT».
O Portal Vermelho refere que a decisão foi tomada conjuntamente pelas direcções do PT, do PCdoB e do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que também integra uma coligação apoiada pelo Partido da Causa Operária (PCO).
«Romper com a agenda» golpista
Por seu lado, a presidente do PCdoB, Luciana Santos, destacou a importância da unidade ampla da esquerda para enfrentar o cenário subsequente à destituição fraudulenta da presidente Dilma Rousseff. «É necessário que a gente interrompa esta agenda anti-povo e anti-nacional que está a ser imposta ao povo brasileiro por meio de um golpe de Estado». Por isso, afirmou, estas «eleições ganham uma dimensão extraordinária».
Para a dirigente comunista, o retrocesso que o Brasil enfrentou nos últimos anos «foi muito grande, avassalador», daí a importância de uma ampla unidade, que envolva todos os sectores progressistas. Aludindo ao candidato Ciro Gomes e ao PSOL, lamentou não haver maior convergência, afirmando, no entanto, que terá de haver «um pacto de muita afirmação, de muita identidade programática das candidaturas do nosso campo».
Luciana Santos disse que a disposição da coligação é fazer com que o convite de Lula e do PT a Manuela D’Ávila se transforme em acções políticas em todo o país, «pregando a unidade, pregando a necessidade de saídas para essa crise, desempenhando um papel extraordinário».
«Estamos a construir a unidade que foi possível no primeiro turno», destacou, acrescentando que Fernando Haddad e Manuela D’Ávila vão percorrer o país debatendo ideias e fazendo com que a relação de trinta anos entre PT e PCdoB volte a produzir bons resultados.
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