Seguidores do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, publicaram em redes sociais uma lista com mais de 700 «inimigos» do ex-capitão do Exército e saudosista da ditadura militar que assolou o Brasil, para os quais pedem um boicote.
O apelo foi feito por intermédio da aplicação What’s App (a qual já tem o triste cadastro de ter servido para a produção e divulgação de notícias falsas promovidas pela candidatura e pelos apoiantes de Bolsonaro) e os visados são personalidades do mundo do cinema, jornalistas, escritores e artistas que apelaram ao voto contra o candidato da extrema-direita, na recente campanha presidencial.
Os escolhidos, segundo a cadeia TVSur, foram assinantes do manifesto «Democracia Sim» que, há beira das urnas e face à perspectiva de vitória de Jair Bolsonaro, alertavam para o risco que corria a democracia brasileira e convidaram os eleitores a unirem esforços em defesa da liberdade e da democracia.
Entre os «inimigos comunistas» – como são designados no jargão dos apoiantes do novo presidente, contam-se as actrizes Patrícia Pitanga e Patrícia Pillar, o jornalista Fernando Morais e os cantores Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil – estes foram perseguidos pela ditadura militar que o ex-capitão do exército tanto admira.
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