A décima vítima foi um jornalista palestiniano ferido durante os confrontos desta sexta-feira, e que viria a falecer hoje. De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, a vítima mortal mais jovem tinha apenas 16 anos, informa a Al Jazeera.
Desde sexta-feira passada, 30 de Março, o Dia da Terra Palestina, que os protestos junto à fronteira de Gaza são uma constante, sempre acompanhadas de violência brutal e, em muitos casos, letal por parte das forças israelitas, que já mataram pelo menos 31 palestinianos na última semana, de acordo com a PressTV.
Os protestos devem manter-se durante mais cinco semanas, até 15 de Maio, o dia da «Nakba» (catástrofe, em árabe), que marca a expulsão de centenas de milhares de palestinianos dos seus lares, há 70 anos. No dia anterior, 70.º aniversário da proclamação do Estado de Israel, os EUA vão concluir a transferência da sua embaixada de Telavive para Jerusalém.
Os norte-americanos voltaram, tal como há uma semana, a bloquear uma declaração por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas exigindo uma investigação ao massacre da última semana. A proposta do Kuwait recolheu o apoio dos restantes 14 membros membros mas os EUA recorreram ao seu direito de veto para proteger o seu aliado, afirmou o embaixador palestiniano junto da Organização das Nações Unidas, Riyad Mansour, ontem à noite.
Com esta posição, os Estados Unidos deram «luz verde para que [Israel] continue a sua matança contra a população civil», disse Mansour a partir de Nova Iorque, reporta a PressTV. Também em Israel surgem posições de repúdio perante as instruções do governo para as suas Forças Armadas, de que seja usada força letal caso alguém se aproxime ou tente danificar a vedação fronteiriça.
O Centro Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados B'tselem lançou uma campanha na quinta-feira com o lema «Lamento comandante, não posso disparar», apelando a que os soldados israelitas recusem cumprir as ordens para que seja utilizado fogo real sobre os manifestantes palestinianos.
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