«Os palestinianos têm o legítimo e pleno direito à autodeterminação e ao estabelecimento do seu Estado independente no seu território e da sua capital, a cidade de Jerusalém», disse o vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros durante uma cerimónia relacionada com Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, que hoje se assinala.
Al-Jaafari destacou o direito dos refugiados palestinianos a regressar a suas casas, em conformidade com a resolução n.º 194 de 1948, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com o diplomata, estes direitos não caducam e não estão sujeitos a negociação ou a concessões, e não provêm do vazio, mas da justiça da causa palestiniana, plasmada nas resoluções da ONU, informa a Prensa Latina.
Na próxima segunda-feira assinala-se o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano. CGTP-IN, MPPM, CPPC, entre outras organizações, promovem concentrações em Lisboa e no Porto. Para dizer «Basta de ocupação! Basta de crimes! Basta de impunidade!» e mostrar que o «povo português é solidário com a luta pelos direitos inalienáveis do povo palestiniano», o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a CGTP-IN e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM apelam à participação nas iniciativas que terão lugar dia 29 em Lisboa (18h, Largo de Camões) e no Porto (17h, Praceta da Palestina). Em Novembro de 1947, «há 74 anos, as Nações Unidas prometeram criar um Estado da Palestina, em território da Palestina», uma promessa que «nunca foi cumprida». Nesse sentido, os promotores das iniciativas solidárias afirmam que «é tempo de fazer justiça». Sublinham igualmente a violação diária, por parte de Israel, do direito internacional e das resoluções aprovadas na ONU. Como exemplo disso, apontam a «ilegal ocupação e a limpeza étnica que desde sempre a acompanha», os «bombardeamentos de Israel sobre a população de Gaza e sobre os países vizinhos», os «ilegais colonatos que Israel não pára de construir nos territórios ocupados em 1967, anexando cada vez mais território palestiniano» e as «inaceitáveis expulsões de palestinianos das suas casas em Jerusalém e outras cidades». Referem também a «protecção e a cumplicidade do Exército israelita com a acção dos bandos armados de colonos que semeiam o terror entre a população palestiniana», o «ilegal Muro do Apartheid que Israel constrói na Margem Ocidental ocupada» e o «brutal e mortífero cerco que há 15 anos torna a Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas, numa gigantesca prisão a céu aberto». Os «milhares de presos políticos palestinianos», as «humilhações e a brutalidade diárias nas centenas de controles do Exército israelita espalhados pelos territórios ocupados em 1967» e a «sistemática violação dos direitos dos trabalhadores palestinianos» são igualmente indicados como exemplos de desrespeito pelas resoluções das Nações Unidas, de violações do direito internacional e da «brutal ocupação israelita». «Os crimes de Israel são uma ameaça para a Paz no Médio Oriente e no mundo», afirmam no texto e, também por isso, os promotores exigem ao Governo português e a todos os governos que «cumpram o que proclamam e prometem», sublinhando a necessidade de reconhecimento do Estado da Palestina e de condenação dos «crimes» israelitas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
Pelo «fim da ocupação e dos crimes de Israel», solidariedade com a Palestina
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«A Síria sempre tratou a causa palestiniana como sua por excelência, e todos os sírios a consideram um assunto que lhes diz respeito», referiu al-Jaafari, que responsabilizou os países que apoiam o ocupante israelita pela continuação dos seus crimes contra o povo palestiniano.
«Até à data, a comunidade internacional não avançou para pôr fim à ocupação israelita dos territórios árabes, e as autoridades da ocupação não foram responsabilizadas pelas suas violações das leis internacionais», frisou.
Michel Aoun: o mundo deve ajudar os palestinianos a recuperar os seus direitos
O presidente do Líbano enviou este domingo uma carta a Cheikh Niang, presidente da Comissão da ONU sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestiniano, na qual apela à comunidade internacional para que trabalhe no sentido de acabar com o sofrimento de décadas do povo palestiniano e de ajudar os palestinianos a recuperar os seus direitos usurpados, informa a PressTV.
O chefe de Estado abordou a necessidade urgente de «assegurar o regresso dos palestinianos da diáspora às casas de onde foram expulsos, dando cumprimento à resolução n.º 194 da Assembleia Geral da ONU, e de lhes fornecer a ajuda necessária até ao seu regresso».
O presidente libanês recordou que o seu país se debate com «uma crise sem precedentes», que teve «repercussões negativas» nas condições de vida do grande número de refugiados que residem no Líbano desde 1948.
«O sofrimento do povo palestiniano aumentou no país e no estrangeiro, na medida em que enfrenta uma luta diária com a ocupação israelita na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza e procuram responder às exigências mais básicas de uma vida normal», referiu ainda Aoun.
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