«A Síria expressa a condenação veemente da interferência continuada e destrutiva dos EUA nos seus assuntos, na medida em que visa prolongar e complicar a crise», lê-se num comunicado emitido pelo Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros e divulgado pela agência SANA.
A nota acrescenta que Damasco «rejeita de forma categórica» qualquer tipo de entendimento entre a Turquia e os Estados Unidos – com vista à criação de uma «zona segura» no Norte da Síria –, sublinhando que se trata de uma «violação flagrante da integridade territorial e da unidade nacional da Síria», bem como dos «princípios do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas».
Esta resposta das autoridades sírias segue-se às negociações prolongadas entre EUA e Turquia visando a criação de uma zona desmilitarizada ao longo da fronteira turco-síria, depois de a Turquia ter ameaçado lançar uma nova ofensiva contra as mílicias predominantemente curdas das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), aliadas de Washington e tachadas como «terroristas» por Ancara.
A este propósito, o comunicado do governo sírio enfatiza as contradições turcas, uma vez que o «pretexto da luta antiterrorista», a que Ancara recorre, é desmentido pelas «políticas e acções» da Turquia, que foi uma «base de apoio fundamental para o terrorismo», desde o início da guerra de agressão à Síria.
«A Síria, que tem enfrentado todas as formas de terrorismo ao longo de oito anos, reafirma que continuará a perseguir o que resta do terrorismo até à sua completa erradição de todo o seu território», lê-se na nota.
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