|Galiza

Trabalhadores galegos respondem em força à ameaça de despedimento na Circet

Adesão total à greve e mobilizações nos locais de trabalho foi a resposta dos trabalhadores à ameaça de despedimento colectivo na Circet, concessionária na Galiza da Movistar Telefónica.

Trabalhadores da Circet em greve mobilizados na Corunha Créditos / CIG

Confrontados com a possibilidade de um despedimento que afectaria 118 pessoas na Galiza, os trabalhadores da Circet Infraestructuras de Telecomunicaciones, concessionária da Movistar Telefónica no território, aderiram na totalidade à primeira jornada de luta convocada para rejeitar a medida.

Novas greves e mobilizações estão agendadas para esta quinta-feira e para os dias 20 e 21 deste mês, revela a Confederação Intersindical Galega (CIG), precisando que amanhã, pelas 11h, haverá acções de protesto junto a todos os escritórios da Telefónica na Galiza.

Créditos

Esta terça-feira, os trabalhadores da Circet já se mobilizaram em várias cidades, como no Porrinho, na Corunha e em Lugo, dando expressão à luta pelo emprego e à revolta contra a intenção da Movistar Telefónica de levar por diante o despedimento colectivo.

De acordo com a CIG – maioritária entre as organizações que representam os trabalhadores da Circet e que dinamizam as acções de luta –, a empresa pretende despedir 377 trabalhadores em todo o Estado espanhol, 118 dos quais na Galiza, o que equivale a mais de 30% dos quadros nos locais de trabalho galegos.

Para esta quarta-feira, está marcada uma reunião em Getafe (Madrid) para abordar este tema, acrescenta a fonte no seu portal.

«Ataque descomunal» aos trabalhadores e aos seus sindicatos

A CIG-Indústria recorda que a Circet assumiu o encargo na Galiza há apenas três meses, que tinha noção dos trabalhadores que exercem ali funções e «que tem a seu cargo departamentos tão importantes como as emergências, o Sergas [Serviço Galego de Saúde] e a própria Xunta».

Neste sentido, a central sindical afirma que este «descomunal ataque» aos trabalhadores constitui uma tentativa de desmantelar os locais de trabalho, bem como a representação sindical.

A ideia, acusa a CIG, é substituir «quadros de pessoal estáveis por pequenas empresas e falsos recibos verdes, não sindicalizados» – algo que já existe em abundância no sector, para favorecer a exploração, sublinha.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui