Numa conferência de imprensa que deu esta quinta-feira, o Clube dos Prisioneiros Palestinianos (CPP) informou que o preso Odai Shehadeh, um estudante universitário do campo de refugiados de al-Duhaisheh, em Belém, na Cisjordânia ocupada, está há 17 dias em greve de fome na prisão de Ofer.
No mesmo presídio israelita, encontra-se o prisioneiro palestiniano Fadi Ghnaimat, pai de quatro crianças e proveniente da localidade de Sourif, em Hebron/al-Khalil. Está em greve de fome há 16 dias, informou o CPP.
A mesma fonte, a que o Palestinian Information Center teve acesso, disse ainda que Mahmoud al-Sa’di, um antigo prisioneiro com vários problemas de saúde, pai de oito crianças e proveniente do campo de refugiados de Jenin, está em greve de fome há nove dias, na cadeia israelita de Hadarim.
O fim regime de detenção administrativa é uma das grandes reivindicações do movimento dos presos palestinianos, já que os detidos neste regime podem ficar presos até seis meses sem acusação nem julgamento, e as ordens são indefinidamente renováveis.
Recentemente, grupos de defesa dos direitos humanos revelaram que as forças israelitas prenderam 2300 palestinianos no primeiro semestre deste ano, quando os habitamtes da quase inabitável Faixa de Gaza cercada e da assediada Margem Ocidental ocupada tentavam conter, com escassos recursos, a expansão da pandemia de Covid-19. Entre os detidos contam-se 304 menores e 70 mulheres.
Dos mais de 4700 presos palestinianos nas cadeias de Telavive, os organismos referiram que 365 estão detidos ao abrigo do regime de detenção administrativa, sem acusação e julgamento, noticia a Al Manar.
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