De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 419 dos 968 palestinos feridos tiveram de ser evacuados para o hospital, sendo que 233 foram vítimas de balas reais e 13 de balas de borracha disparadas pelos soldados israelitas. A maioria sofreu os efeitos da inalação de gás lacrimogéneo.
Ashraf al-Qudra, do Ministério da Saúde, precisou que entre os feridos se contam 16 jornalistas e membros de equipas médicas, tendo referido que, a leste da Cidade de Gaza, as ambulâncias e as equipas de socorro foram alvo dos soldados israelitas, segundo referem a Prensa Latina e a PressTV.
O responsável do Ministério da Saúde informou que os disparos das forças ocupantes provocaram a morte de Islam Herzallah, de 28 anos. Disse ainda que os protestos decorreram de modo pacífico em cinco pontos da Faixa de Gaza cercada: Rafah, Khan Younis, Al-Bureij e nas zonas orientais da Cidade de Gaza e de Jabalia.
No decorrer dos protestos, que se realizaram pela terceira semana consecutiva, os palestinianos exibiram bandeiras da Palestina e rasgaram bandeiras de Israel, fotos do primeiro-ministro e do ministro da Defesa israelitas, Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman, respectivamente, e do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo refere a PressTV.
Mais de 30 mortos e milhares de feridos
Na sua página de Facebook, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), informa que, nas duas semanas de protestos anteriores, «quase 1300 palestinianos já tinham sido feridos a tiro por soldados israelitas» e mais «1554 foram tratados devido à inalação de gás lacrimogéneo ou ferimentos por balas de aço revestidas de borracha», segundo uma contagem efectuada pelo Ministério da Saúde de Gaza. Neste período, indica a mesma fonte, 34 palestinianos foram mortos.
O protesto da Grande Marcha do Retorno teve início a 30 de Março, no Dia da Terra Palestina, e deve prolongar-se até dia 15 de Maio – quando se assinala o 70.º aniversário da Nakba (Catástrofe) palestiniana, que se refere à expulsão de mais de 750 mil palestinianos das suas terras, durante a limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas em 1948, antes e depois da formação do Estado de Israel.
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