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Venezuela defende criação de novo mecanismo financeiro internacional

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, propôs a criação de um novo mecanismo financeiro internacional ao intervir, esta quarta-feira, no II Fórum Económico Euroasiático, que decorre em Moscovo.

Vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez 
Créditos / Prensa Latina

Ao intervir no encontro por via telemática, a também ministra da Economia e Finanças afirmou a necessidade de reflectir sobre um novo esquema financeiro assente num «comércio justo e compensado», que permita aos países relacionar-se de forma menos pressionada pela hegemonia exercida pelos Estados Unidos.

Rodríguez disse que essa supremacia permitiu a Washington afectar centenas de milhares de habitantes no planeta de forma extorsiva, através da chantagem que representa o domínio do dólar.

Nestas circunstâncias – disse Rodríguez, citada pela Prensa Latina –, o mundo reclama o surgimento de «um comércio justo e uma moeda» que sirva a humanidade e não apenas a hegemonia.

A vice-presidente venezuelana explicou que os EUA não só controlam a rede financeira mundial, através do sistema interbancário de telecomunicações Swift, mas também impõem toda a engrenagem jurídica de forma extraterritorial, por via do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), criado em 1989.

A ministra venezuelana da Economia e Finanças sublinhou que, muitas vezes, a geopolítica internacional, dirigida por um país hegemónico, resiste à configuração de um mundo de «justiça, igualdade e respeito» pela Carta das Nações Unidas.

Na sua intervenção, Rodríguez destacou o papel fundamental dos países do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na criação de uma nova engrenagem financeira internacional que permita, de forma real, «dar liberdade às relações económicas, comerciais e financeiras».

O II Fórum Económico Euroasiático decorre na capital russa a 24 e 25 de Maio, com a participação de 2700 representantes de mais de 50 países e empresas, tendo como lema «A integração euroasiática num mundo multipolar».

Entre os seus objectivos, conta-se o aprofundamento da cooperação nesse espaço geográfico. De acordo com a organização, estavam previstas intervenções de representantes da ONU, da Organização Mundial da Saúde e da Organização Internacional para as Migrações.

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