A Câmara Municipal de Grândola (CMG) insiste, em comunicado, na necessidade urgente de criar novas praias no concelho. sujeita a uma autorização da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
De acordo com o pedido efectuado pela autarquia, as novas praias seriam alvo da construção dos respectivos equipamentos de apoio e a revisão da capacidade autorizada para as praias já existentes – que há muito não corresponde à elevada procura.
Esta exigência, ainda sem resposta, voltou a ser reiterada no âmbito da revisão do Programa da Orla Costeira Espichel-Odeceixe (POC-EO) – que se encontra a decorrer. A CMG «deu um parecer desfavorável à proposta que esteve em discussão pública», por considerar que «as propostas de frentes de praia, classificações e dotações não darão resposta à procura que se regista e que é crescente».
Os Programas da Orla Costeira, da APA, visam estabelecer objectivos indispensáveis à tutela de interesses públicos e de recursos de relevância nacional, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais que prevalecem sobre os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal.
Como está, o programa irá apenas «perpetuar a utilização balnear existente no litoral alentejano, de natureza informal, em troços significativos da costa (desprovida, por isso, de condições de segurança) de deficientes condições de acessibilidade, de estacionamento desregrado nas envolventes das praias, muitas vezes em situações de risco para a segurança pública e para a salvaguarda ambiental».
A expectativa do município é de que o documento final inclua as respostas adequadas às necessidades identificadas, permitindo que Grândola e os restantes cinco concelhos do litoral abrangidos pelo POC-EO (Sesimbra, Setúbal, Sines, Santiago do Cacém e Odemira), estabeleçam mais praias vigiadas e com condições de segurança.
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