Vários eleitos autárquicos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) defenderam ontem a necessidade de a rede do metro ser alargada ao concelho de Loures, argumentando que a medida ajudaria a reduzir a entrada de automóveis na capital.
Bernardino Soares, que no mês de Janeiro enviou uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a defender uma solução ferroviária para o concelho, lamentou que Loures seja o único município da AML a não dispor de um meio de transporte pesado, instando o Governo a ter isso em atenção no próximo quadro comunitário.
«É muito importante baixar os custos, mas têm de existir condições de rapidez e conforto. É preciso que se tomem decisões agora para que, no próximo quadro, seja considerado uma prioridade», defendeu.
Para o presidente da Câmara Municipal de Loures, a ausência de respostas de meios de transporte pesado representa uma «forte limitação» para o desenvolvimento do concelho e da região, mas também para o ambiente.
Recorde-se que, em 2017, a autarquia entregou na Assembleia da República uma petição com mais de 30 mil assinaturas para exigir a extensão da rede do metro. Entre os argumentos está o facto de Loures ser, entre os concelhos limítrofes de Lisboa, o único desprovido de uma «alternativa eficiente e acessível de transporte em carril».
À reivindicação juntaram-se ontem os presidentes de câmara de Lisboa, Fernando Medina, e de Mafra, Hélder Silva. Fernando Medina, também presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa da AML, anunciou que está a ser finalizado um plano de investimento para transporte pesado que será apresentado ao Governo do PS, concluindo que «não há nenhuma solução que não seja do âmbito metropolitano, uma vez que beneficiará toda a região, inclusive a cidade de Lisboa».
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