À margem da iniciativa «Loures – Aqui tem de haver Metro», que juntou dezenas de representantes do tecido empresarial, educativo e social da região, o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, afirmou à Lusa que «é uma opção inadiável inscrever no próximo fundo do quadro comunitário». Caso contrário, disse, «podemos estar a adiar mais de uma década esta opção», realçando que inscrever a proposta é «garantir que se vai realizar».
Também o presidente da Câmara de Odivelas, Hugo Martins (PS), frisou a importância desta medida para que as populações sejam bem servidas de transportes públicos.
«Trata-se de uma justa reivindicação, há muito tempo desejada para os munícipes do concelho de Odivelas, que recebe hoje, com a estação do Senhor Roubado e Odivelas, cidadãos oriundos do concelho de Loures, Mafra e Sobral», aclarou Hugo Martins, apesar de, no Parlamento, o seu partido ter vindo a exercer um travão à expansão do Metro para Loures.
Depois de, na anterior legislatura, o PS ter ficado isolado na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, tendo sido o único partido a abster-se no estudo da expansão prioritária do Metro para Loures e na suspensão da linha circular, na votação do Orçamento do Estado para 2020 votou contra a proposta do PCP, que defende que seja dada prioridade à extensão da rede metropolitana até Loures, bem como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa.
«Tenho a certeza que esta será uma prioridade do próximo quadro comunitário, estou empenhado com a Câmara de Loures e com este movimento em levar a bom porto estes objectivos e estou certo que este é um investimento que trará qualidade de vida à área Norte de Lisboa», frisou Hugo Martins, salientando que a extensão do Metro para Loures também beneficiará o Município de Odivelas.
A iniciativa «Loures – Aqui tem de haver Metro» juntou dezenas de empresários, antigos eleitos e agentes associativos, que seguiram depois para a residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, a fim de entregar uma carta com a resenha do processo de intenção da expansão do Metro a Loures, a par das vantagens para o concelho e para a população.
Segundo Bernardino Soares, a chegada do Metro a Loures iria reduzir «as 400 toneladas de emissões diárias de dióxido de carbono». «E nada como [fazer] chegar esse apelo a António Costa, que, em 1993, em campanha eleitoral, via o que as populações passavam para chegar a Lisboa», acrescentou, referindo-se ao ano em que o primeiro-ministro se candidatou pelo PS à Câmara de Loures.
Também o presidente da Associação Empresarial de Comércio e Serviços dos Concelhos de Loures e Odivelas, Alcindo Almeida, afirmou à Lusa a pretensão dos seus associados em terem o Metro na região, considerando tratar-se de «uma mais-valia para todo o comércio e indústria» daquele território.
«Os nossos associados querem o Metro, já que traz pessoas e movimento à nossa terra, além do desenvolvimento. Há oito anos que foi prometido, temos esperança e esta não será a última tentativa», frisou.
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