O encerramento simbólico e o protesto realizado à porta do estabelecimento, por iniciativa da Associação de Estudantes, tiveram o propósito de chamar a atenção para uma realidade que põe em causa não apenas o funcionamento da escola mas também o bem-estar de todos os que a frequentam.
Entrevistado pela RTP, o director da escola, Francisco Oliveira, denuncia problemas a nível das coberturas e também a suborçamentação dos últimos anos, que tem impedido que a escola realize pequenas intervenções de forma a garantir condições mínimas de funcionamento.
O director revela que há salas que estão fechadas e situações em que a própria estrutura do edifício está em risco. «Há ferro da estrutura à mostra, há rachadelas no betão, temos salas fechadas, salas onde chove, chove através dos circuitos eléctricos», detalhou, sublinhando que se trata de uma situação «insustentável».
A escola, que completa 40 anos em 2017, reclama obras desde 2008. Catarina Braga, representante dos pais que também participou na organização do protesto, afirmou que a escola estava contemplada com a verba da Parque Escolar mas foi suspensa em virtude «das restrições que a troika implementou». O investimento previsto inicialmente para a realização das obras de requalificação foi cancelado e a escola nunca voltou a ser intervencionada.
A Câmara de Serpa tem vindo a acompanhar o problema. O presidente, Tomé Pires, marcou presença no protesto e salientou que, desde o dia 26 de Outubro, já foram efectuados três pedidos de audiência ao Ministério da Educação para tratar este assunto mas até agora não houve qualquer tipo de resposta.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui