No comunicado divulgado, ontem, a USG/CGTP-IN afirma que o Despacho n.º 8896-A/2016, recentemente publicado, continua a não resolver a já crónica carência de médicos, atribuindo à Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda apenas 15 vagas, num universo de 736. Acresce que o despacho não contempla sequer especialidades «gravemente deficitárias», como Cardiologia, Gastrenterologia ou Pneumologia.
Para além de este despacho não resolver a carência de médicos, também nada adianta acerca da grave carência de outros profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros, cuja necessidade a USG/CGTP-IN quantifica em pelo menos 138.
A USG denuncia que, para suprir as necessidades, a ULS da Guarda continua a recorrer à subcontratação e aos programas ocupacionais de desempregados, especialmente no caso dos assistentes operacionais e assistentes técnicos, enquanto prossegue o congelamento das carreiras e a incomunicabilidade inter-carreiras.
Os sindicalistas reivindicam medidas políticas de fundo, como sejam a reversão da ULS para o Sector Público Administrativo, mas também a classificação do distrito como especialmente carenciado. Recorde-se que, no ano passado, o distrito foi novamente considerado pela Ordem dos Médicos como um dos mais deficitários em medicina familiar, com mais de 8200 utentes sem médico de família.
A USG apela a que, num distrito despovoado e envelhecido, com um povoamento disperso e um serviço de transportes coletivos deficitário, se renove o investimento nos cuidados de saúde primários, com a implementação efectiva do enfermeiro de família e o reforço de meios e equipamentos.
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