A parca oferta habitacional, «e os preços inflacionados que daí resultam, deixa inacessível esta condição básica de vida para uma parte das famílias na nossa Ilha», afirma, em comunicado, a CDU Corvo.
A tendência de perda, substancial, de população na ilha, confirmada pelo Censos 2021, não é de agora e o problema é facilmente identificável: «muitas famílias gastam uma parte substancial dos seus rendimentos na prestação da casa ou para a renda mensal da sua habitação», tornando a vida no Corvo inviável para muitos.
Sem resposta do actual executivo PS, liderado por José Manuel Silva desde 2013, a CDU Corvo «propõe a criação de um Programa de Arrendamento a Custos Acessíveis (PACA) em que sejam permitidas candidaturas ao longo de todo o ano, simplificando» o acesso das populações e de todos aqueles que se queiram fixar na ilha. Para isso, é indispensável que o programa «assente na reabilitação do património existente», mas degradado.
«A Câmara Municipal do Corvo (CMC), em articulação com o Governo Regional, pode, e deve, avançar com a reabilitação da zona antiga da Vila, criando condições e incentivos para que os proprietários recuperem o que está em ruínas».
A inexistência de respostas concretas ao nível da habitação complica, e agrava, um dos problema fundamentais da mais pequena ilha do arquipélago dos Açores: a urgênca da «vinda e fixação de mão de obra qualificada para o Corvo». A CMC deve dar seguimento às políticas de apoio à natalidade, «com a definição e implementação de um programa municipal de incentivos e apoios», sob o risco de não conseguir estancar a fuga da população.
Sem a definição de uma «estratégia e plano de intervenção a curto e médio prazo para suprir as necessidades habitacionais» e a instituição do programa de apoio à natalidade já no próximo orçamento municipal, é inevitável que os problemas identificados pelos Censos 2021 continuem a ditar o estagnamento da vida na ilha.
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