A comunidade cultural do Porto está em pé de guerra após o abrupto encerramento de 105 salas no centro cultural STOP, localizado no coração da cidade. Com o objetivo de reivindicar a reabertura imediata desses espaços, a comunidade STOP convocou uma manifestação para o dia 24 de Julho.
A acção policial, realizada sem aviso prévio pela Câmara Municipal do Porto na última terça-feira, resultou no encerramento de 105 salas, deixando cerca de 500 pessoas desamparadas. Músicos, artistas, professores e comerciantes que utilizavam esses espaços para ensaios, armazenamento de equipamentos e aulas foram diretamente afetados, comprometendo suas atividades e, consequentemente, a produção cultural da cidade.
O centro comercial STOP é reconhecido como um dos principais símbolos da cultura independente em Portugal e internacionalmente. A sua importância ao longo das últimas décadas foi amplamente destacada em jornais nacionais e estrangeiros. O local sempre serviu como epicentro da cultura alternativa e um ponto de encontro para artistas e entusiastas de diferentes áreas artísticas.
"A missão dos músicos e lojistas do STOP é continuar a manter aberto este espaço emblemático e orgânico, garantindo o seu contínuo acesso ao público e, ao mesmo tempo, proporcionando um ambiente propício para que os profissionais do setor cultural possam prosseguir com as suas atividades", afirma a Comunidade STOP no seu comunicado.
Diante o repentino despejo, os membros da comunidade cultural estão a unir-se para lutar pela reabertura e retomada das suas atividades. Está então marcada uma concentração para as 15 horas em frente à Câmara Municipal do Porto e, posteriormente, às 19 horas, irá realizar-se uma marcha que seguirá em direção ao centro cultural STOP, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades e sensibilizar o público sobre a importância da preservação desse espaço único na cidade.
As redes sociais já estão a ser utilizadas para divulgar o protesto, e a hashtag #ReabreSTOP tem ganho força entre os internautas. Muitos artistas e personalidades culturais já manifestaram seu apoio à causa e prometem estar presentes na manifestação para mostrar solidariedade.
O evento promete reunir uma grande multidão, impulsionada pela paixão pela cultura e pela preservação do legado artístico do centro cultural STOP. A comunidade espera que o poder público ouça suas reivindicações e tome medidas para garantir que esse importante espaço continue a desempenhar seu papel vital na cena cultural da cidade.
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