A moção, a enviar ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, segue-se ao apelo feito, no passado dia 17, aos deputados da Assembleia da República para, «com carácter de urgência», abordarem a questão durante a discussão do Orçamento do Estado para 2023.
As portagens na A23 e na A13, duas ex-scut (vias sem custos para os utilizadores) constituem um transtorno à mobilidade de pessoas e bens. «São um entrave ao desenvolvimento social e económico. Não contribuem para a coesão territorial. Potenciam os problemas ambientais nas zonas urbanas e afectam a segurança rodoviária», denuncia-se no texto.
Apesar de, salienta a comissão de utentes, estas serem vias «fundamentais no acesso a cuidados de saúde», uma vez que as três unidades que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) se encontram em três cidades diferentes, Abrantes, Tomar e Torres Novas.
Na missiva enviada aos deputados, a comissão fazia também referência aos custos acrescidos no transporte de doentes não urgentes, lembrando que os bombeiros «são obrigados a pagar portagens» quando transportam doentes entre os três hospitais.
Os utentes realçam que foram os protestos das populações que «forçaram a redução do preço» das portagens, ao mesmo tempo que lembram as palavras proferidas em Maio pela ministra da Coesão Territorial, de que só ficaria satisfeita com a abolição das portagens no Interior. E acrescentam: «E nós não descansaremos enquanto não se concretizar a abolição das portagens na A23 e na A13».
Manuel José Soares, porta-voz dos utentes do Médio Tejo, disse à Lusa que, até ao final da próxima semana, o abaixo-assinado vai ser colocado em pelo menos 150 locais para a recolha de assinaturas.
Os preços das portagens nas auto-estradas poderão aumentar 10,46% em 2023, a confirmar-se a estimativa da taxa de inflação homóloga para Outubro, sem habitação, divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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