As novas instalações da Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, foram inauguradas hoje numa cerimónia em que esteve presente o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. No entanto, depois de anos à espera da finalização das obras, a escola parece conter vários problemas que não foram resolvidos.
Segundo a denuncia da União dos Sindicatos de Setúbal, foi inaugurado «um pavilhão/ginásio, sem que os balneários estejam ainda equipados com capacidade para fornecer água quente».
Os alunos da escola acrescentam outros problemas: os balneários são pequenos, faltam computadores e projectores, e a sala da Associação de Estudantes «é do tamanho de uma dispensa».
As obras na Escola Secundária Jorge Peixinho, que custaram 11 milhões de euros, iniciaram-se em Janeiro de 2011 e a conclusão esteve prevista, respectivamente, para Dezembro de 2011, para a primeira fase, e Agosto de 2012, para a segunda fase. No entanto, todos os prazos foram largamente ultrapassados, causando graves transtornos à comunidade educativa, aos pais e encarregados de educação.
A suspensão das obras realizadas pela Empresa Parque Escolar em 50 escolas, durante o mandato do anterior governo do PSD e CDS-PP, levantou vários problemas de segurança e falta de condições. O modelo de gestão empresarial da Empresa Parque Escolar, aprovado em 2007 pelo governo do PS, criou um negócio lucrativo com o pagamento das rendas por parte das escolas e a possibilidade de alienação do património das escolas intervencionadas.
O Ministério da Educação pagou à Parque Escolar por cada escola,em média, 320 mil euros por semestre. Hoje, existem escolas a pagar renda quando ainda dão aulas em contentores, e têm vindo a público relatos de várias escolas intervencionadas que já apresentaram problemas.
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