Na sua intervenção, o primeiro-ministro reconheceu que o projecto – que é uma reivindicação antiga do PCP – era ansiado «há muitas décadas» pela região do Alentejo, não obstante a posição do PS, que no mês de Agosto votou contra uma moção, na Assembleia Municipal de Évora, a exigir precisamente o avanço da construção do novo hospital.
De acordo com o calendário assumido pelo Executivo de António Costa, a adjudicação da obra devia ter ocorrido em Janeiro.
A sucessão de atrasos levou o grupo parlamentar do PCP, no passado mês de Maio, a questionar o Governo sobre o atraso na construção do novo Hospital Central do Alentejo, bem como sobre as medidas previstas para que a obra se iniciasse.
Na altura, e já com o País a confrontar-se com os efeitos do novo coronavírus, os comunistas alertavam para os impactos de um novo adiamento da empreitada, tendo em conta a situação de esgotamento que se vive nas instalações do Hospital do Espírito Santo.
Em Outubro, o PCP voltou à carga e, pela voz do seu líder parlamentar, João Oliveira, exigiu a adjudicação imediata da construção do novo hospital e o início das obras ainda este ano, criticando o facto de a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo ter em seu poder a proposta de selecção da empresa a quem deve adjudicar a obra «desde o dia 6 de Março».
Ao mesmo tempo, João Oliveira reclamava medidas do Governo para o avanço das acessibilidades e infra-estruturas do novo hospital, e a criação de um curso de Medicina em Évora.
Esta manhã, António Costa referiu-se à construção do novo hospital como um esforço «necessário e que temos de continuar a prosseguir», aludindo a outras unidades, como o Hospital do Seixal, que, não obstante a luta das populações, demora também a sair do papel.
O projecto do novo Hospital Central do Alentejo vai surgir na periferia da cidade de Évora. Envolve um investimento total superior a 180 milhões de euros, prevendo-se que esteja concluído em 2023.
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